BCE quer que pacto fiscal europeu seja mantido


Em discurso durante seminário organizado pelo jornal alemão Die Welt, nesta segunda-feira (21), Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, reforçou sua posição quanto à necessidade de manutenção do pacto fiscal europeu. “O pacto fiscal pode ser completado por medidas de estímulo ao crescimento. Isto faz sentido como complementação, mas ele não deve ser renegociado ou enfraquecido”, ressaltou.



No entanto, ele também deixou claro que não é avesso ao fomento à economia dos países da eurozona. “A discussão sobre consolidação orçamentária versus crescimento é uma falsa discussão. Nós precisamos dos dois. O debate atual sobre mais crescimento não significa o abandono da estratégia de política fiscal corrente. Ninguém é contra o crescimento”, completou.



Encontro do G8



As questões do crescimento e da austeridade fiscal foram mencionadas no documento final do encontro do G8 (formado por EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia), ocorrido neste final de semana em Camp David, nos Estados Unidos.



A declaração oficial dos líderes das nações do grupo diz que é preciso gerar crescimento enquanto se mantém a responsabilidade fiscal, além de reafirmar o desejo de que a Grécia permaneça na zona do euro.



Eurobonds



O novo presidente francês, François Hollande, afirmou, em Camp David, que vai levantar o tema da criação dos eurobonds (emissão de títulos conjuntos da dívida pública europeia) na reunião informal de líderes da UE, que acontecerá nesta quarta-feira (23).



A proposta promete causar polêmica durante o encontro, já que a Alemanha é contra a emissão de eurobonds,  conforme declarou, nesta segunda-feira, o secretário das Finanças alemão, Steffen Kampeter.



“No momento atual, não vejo motivos para mudarmos de rumo, a introdução de eurobonds seria a receita errada no momento errado e teria efeitos secundários contraproducentes”, disse Kampeter. Para ele, a base para uma política orçamentária comum na Europa “é, em primeira linha, o Tratado Orçamental” e não a emissão de eurobonds.



Ainda de acordo com o secretário alemão, tal emissão pode levar os países da zona do euro a ter mais dificuldades de acesso aos mercados de capitais, inclusive com limitações para financiamentos em condições favoráveis.



Com informações da Agência Brasil

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