Brasil fica entre os 50 países mais competitivos


O Brasil foi o único representante do BRICS a melhorar sua classificação no Relatório de Competitividade Global 2012-2013, divulgado hoje (5) pelo Fórum Econômico Mundial. O País passou da 53ª colocação para a 48ª. A China,  continua à frente, no 29º lugar, apesar de ter caído três posições em relação ao relatório anterior. África do Sul (52°), Índia (59°) e Rússia (67°) também perderam espaço na classificação geral.



O ranking do Relatório é baseado no Índice de Competitividade Global (GCI, em inglês), desenvolvido e introduzido em 2004 para o Fórum Econômico Mundial pelo economista e professor da Universidade de Columbia, nos EUA, Xavier Sala-i-Martin. “O Índice de Competitividade Global apresenta uma visão de longo prazo das tendências que moldam a competitividade das economias mundiais. Sob esse aspecto, acreditamos que oferece reflexão fundamental acerca das principais áreas que devem ser trabalhadas para otimizar a produtividade e determinar o futuro econômico das nações”, afirma Sala-i-Martin.



A Suíça aparece liderando a classificação geral, repetindo o feito pelo quarto ano consecutivo. As dez primeiras posições são dominadas pelos países do norte europeu e da Europa Ocidental, com exceção de Cingapura, que ocupa o 2º lugar, dos Estados Unidos, que ocupa o 7º, após perder posições pelo quarto ano seguido, além de Hong Kong e Japão (9º e 10º lugares respectivamente). A Alemanha aparece na 6ª posição.



Países do sul da Europa, como Portugal (49°), Espanha (36°), Itália (42°) e principalmente a Grécia (96°), continuam a sofrer com a fragilidade competitiva em termos de desequilíbrios macroeconômicos.



“Divisões persistentes na competitividade, nas regiões e entre as regiões, especialmente na Europa, estão na origem da turbulência pela qual estamos passando atualmente, e isto compromete a prosperidade futura”, declarou Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial. “Exortamos os governos a agir de forma decisiva, adotando medidas de longo prazo para melhorar a competitividade e fazer com que o mundo volte ao caminho do crescimento sustentável”, completou.




Na América Latina, o Chile (33º) mantém a liderança e vários países também apresentaram melhoria de sua competitividade, como o Panamá (40º), o México (53º) e o Peru (61º).

Processo




O modelo do Ranking engloba 12 categorias – os pilares da competitividade – que, juntos, oferecem uma ampla descrição da paisagem competitiva de um país. Os pilares são: instituições, infra-estrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação de negócios e inovação.

O documento é elaborado com base em dados públicos disponíveis, bem como através da Pesquisa de Opinião Executiva (Executive Opinion Survey), uma abrangente pesquisa anual conduzida pelo Fórum Econômico Mundial e sua rede de parceiros institucionais – no Brasil, o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Dom Cabral realizam conjuntamente essa pesquisa. Para o relatório deste ano, mais de 14 mil líderes empresariais de todo o mundo foram entrevistados, em 144 países, superando os números das pesquisas anteriores. A pesquisa captura um amplo leque de fatores que afetam o clima de negócios em um país.

flickr.com/dgarkauskas
flickr.com/dgarkauskas