Conflito cambial deve dominar reuniões do G20

As reuniões da Cúpula do G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo – , que começam nesta quinta-feira (11) na Coreia do Sul, deverão ser marcadas por discussões sobre o risco de uma guerra cambial global.


O encontro, que acontece até amanhã, contará com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Dilma Roussef. O governo alemão espera que a agenda contemple temas como a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), o aumento de reservas próprias dos bancos e o impulso ao comércio mundial. A chanceler Angela Merkel e o ministro das Finanças do país, Wolfgang Schäuble, se disseram confiantes de que a comunidade internacional terá sucesso em decisões importantes.


Questionada sobre o plano de estímulo monetário dos Estados Unidos anunciado na semana passada, que injetará US$ 600 bilhões no mercado, Merkel não criticou o presidente norte-americano e disse tratar-se de uma “questão de saída estratégica”. “Ninguém quer ter uma nova bolha, mas é preciso ver que o crescimento da economia mundial é agora mais duradouro e sustentável do que o vivido há alguns anos”, afirmou. O assunto, segundo o governo alemão, será tratado em uma conversa “entre parceiros” com os americanos.


O Brasil, por sua vez, deverá se posicionar fortemente com relação à questão do conflito cambial. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se isso não for solucionado, a tendência é que haja um aumento cada vez maior do protecionismo comercial no mundo.

 European Union, 2010 | Seoul
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