Desemprego atinge recorde na zona do euro


A taxa de desemprego na zona do euro atingiu seu nível mais alto desde 1995, (quando os registros começaram a ser feitos), chegando a 11,2% em junho. O dado de maio, que era de 11,1%, foi revisado para 11,2%.



Segundo o Eurostat, Instituto de Estatísticas da União Europeia, em junho mais de 100 mil pessoas deixaram seus postos de trabalho nos países-membros do euro, contabilizando um total de 17, 801 milhões de desempregados.



Na Alemanha, a taxa de desemprego subiu para 6,8% em julho, ante os 6,6% registrados em junho, em termos não ajustados. Já o total de pessoas sem emprego subiu para 2,876 milhões, contra 2,809 milhões em junho.



Ainda, foram 7 mil novos pedidos de auxílio-desemprego no país em julho, depois de ajustes por efeitos sazonais, o mesmo aumento do mês anterior. Economistas consultados pela Dow Jones previam alta de 10 mil solicitações do auxílio para o período.



A taxa de desemprego da Itália subiu para 10,8% em junho, a mais alta desde janeiro de 2004, informou o Istat, Instituto de Estatísticas do país. Em 2011, na mesma época, o nível de desemprego na região era de 8,1%.



Os desempregados na Itália somavam 2,79 milhões em junho, 2,7% a mais do que em maio. Entre as pessoas com 15 a 24 anos, a taxa de desemprego caiu para 34,3% em junho,frente aos 35,3% em maio, totalizando 608 mil jovens em busca de trabalho.



A Espanha, detentora do maior nível de desemprego do bloco, registrou taxa de 24,8% em junho, enquanto que a Áustria apresentou 4,5% de desemprego, o menor valor do euro.



Agora, os 17 estados que fazem parte da zona do euro e a União Europeia estão aumentando a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) apresente alguma medida de estímulo econômico na reunião de quinta-feira (2), onde será discutida a política monetária. A expectativa é que o presidente do BCE, Mario Draghi, anuncie um novo corte da taxa de juros do bloco, atualmente em 0,75%.



Inflação



A inflação na zona do euro permaneceu estável em julho pelo terceiro mês consecutivo, e os preços aos consumidores da união monetária subiram 2,4% em julho, na base anual, informou o Eurostat. Estima-se que a inflação fique de acordo com a meta do Banco Central Europeu (BCE) – de pouco menos de 2% – até o fim do ano.



Estados Unidos



Após um encontro na Ilha de Sylt, no norte da Alemanha, o ministro de Finanças do país, Wolfgang Schaeuble e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, se mostraram confiantes sobre a capacidade dos estados-membros do euro executarem reformas e conquistarem uma integração maior para superar a crise da dívida.



Em comunicado, ambos elogiaram os esforços feitos por Irlanda e Portugal para colocar as finanças públicas em uma base mais estável e citaram as recentes reformas estruturais de Espanha e Itália.



As duas autoridades ressaltaram a necessidade de cooperação e coordenação internacionais contínuas a fim de atingir finanças públicas sustentáveis, reduzir desequilíbrios macroeconômicos globais e restaurar o crescimento.



O presidente americano, Barack Obama, advertiu que a economia americana continuará enfrentando dificuldades provocadas pela crise na Europa, e pediu que ações mais enérgicas sejam tomadas pelas autoridades locais. "Não acredito que os europeus permitirão a derrocada do euro, mas terão de tomar ações decisivas para tanto”, declarou ontem (30), em Washington.



 



 

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