Impactos na América Latina dependem de decisões da UE


Após a reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, que resultou no acordo de redução de 50% da dívida da Grécia, o ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, afirmou que as decisões tomadas na zona do euro refletem diretamente na economia dos países da América Latina.



Ao analisar o cenário econômico mundial, Iglesias concluiu que, apesar das dificuldades, o mundo vive um momento positivo, favorecendo o desenvolvimento de países dos hemisférios Norte e Sul.



Um dos fatores que mantém a América Latina longe de graves déficits econômicos é sua forte relação com o mercado asiático, uma vez que a China é atualmente o principal parceiro comercial da maioria das nações sul-americanas.



Apesar do otimismo, a Organização das Nações Unidas estima que, por conta da crise, existam hoje 53 milhões de desnutridos no continente, sendo as mulheres, crianças e os indígenas os grupos mais afetados.



O ex-presidente do BID quer aproveitar a 21ª Cúpula Iberoamericana, que acontece nesta sexta-feira (28) e sábado (29) na capital paraguaia Assunção, para se reunir com representantes de governos da Espanha e de Portugal e, desta maneira, obter um panorama de países europeus a respeito das medidas anunciadas pela UE.



Assim, líderes latinoamericanos poderão saber quais impactos podem afetar a América Latina, além de discutir o que deve ser feito pontualmente para combatê-los, buscando uma resposta imediata para reagir à crise econômica na região.



Os presidentes José Mujica, do Uruguai, Dilma Rousseff, do Brasil, e a Chefe de Estado argentina, Cristina Kirchner, não participarão da Cúpula Iberoamericana.

 

 

*Com informações da Agência Brasil

 

Roberto Barroso/Agência Brasil
Roberto Barroso/Agência Brasil