Jovens estão mais dispostos a mudar de país

Uma pesquisa global alerta para um novo risco da globalização: a fuga de inteligência. De acordo com os dados divulgados, 37% dos pós-graduados e 32% dos graduados de 29 nacionalidades estão dispostos a deixar o emprego atual e mudar de país, se receberem uma boa proposta. O estudo, conduzido pela empresa de consultoria GfK, aponta que a tendência é ainda maior entre os profissionais com idade entre 18 e 29 anos – 41% deles afirmaram que não teriam problemas em deixar sua terra natal para trabalhar no exterior.


Para Daniela Salles, diretora da Unidade de Satisfação e Lealdade da GfK Brasil, a emigração de profissionais qualificados pode representar problemas significativos para as empresas e também para países que estão tentando sair da crise. “Tanto profissionais de cargos mais operacionais quanto os diretores de empresas têm se mostrado dispostos a procurar emprego no exterior. E o número aumenta entre os que têm nível de escolaridade mais elevado”, pontua.


A executiva acredita que os resultados ilustram o processo de globalização no mercado de trabalho. “A verdade é que, para muitas pessoas, mudar de país não é menos assustador do que mudar de empresa”, explica.


Para evitar a chamada “fuga de inteligência”, Daniela recomenda que as organizações se empenhem em engajar e motivar seus profissionais, evitando desta maneira correr o risco de perdê-los para empresas em seu próprio país ou para companhias no exterior.