KPMG analisa mercados de alto crescimento


As aquisições internacionais envolvendo mercados de alto crescimento se mantiveram em trajetória descendente no primeiro semestre deste ano, de acordo com a mais recente edição da pesquisa da KPMG “Aquisições em mercados de alto crescimento” (High Growth Markets International Acquisition Tracker, em inglês).  Neste período, o número de negociações entre empresas de mercados desenvolvidos adquirindo outras no mercado de alto crescimento (transação do tipo D2H) caiu para o nível mais baixo desde 2005.


“Aparentemente, na medida em que os mercados desenvolvidos continuam a se recuperar, oportunidades em mercados de alto crescimento perdem um pouco de seu resplendor,” afirma o líder da área global de Transações e Reestruturação para Mercados de Alto Crescimento da KPMG, Cláudio Ramos. “Uma vez que os desenvolvidos se recuperaram da crise econômica, os retornos sobre os investimentos e as possibilidades de crescimento aumentaram e a atratividade relativa de oportunidades de investimento em mercados de alto crescimento caiu. Além disso, é muito provável que muitos dos negócios que podem proporcionar grandes resultados já tenham sido fechados, o que significa que a qualidade das oportunidades remanescentes pode não ser tão alta”.


Algumas das quedas mais notáveis ocorreram no mercado europeu. O volume de negociações do tipo D2H caiu 64% na Itália e 37% na Alemanha. Contudo, houve alguns casos atípicos, como a França que registrou um aumento de 43% em volumes de negociações D2H. O Canadá também resistiu à tendência de declínio global, demonstrando um aumento significativo de 75% graças, em parte, ao setor de recursos naturais ressurgente do país.


Distanciamento dos mercados dos Brics


Com relação aos países-alvo para a realização de transações do tipo D2H, parece haver um distanciamento dos mercados do Brasil, da Rússia, da Índia e da China, que fazem parte do grupo dos Brics, onde foi registrada uma queda no volume de investimentos advindos de mercados desenvolvidos. O número de negociações D2H envolvendo alvos chineses caiu um terço, de 78 para 52, o nível mais baixo registrado em mais de uma década. Os declínios na Índia e no Brasil foram menos drásticos, mas deram continuidade à tendência descendente dos últimos dois anos, enquanto os níveis de negociações D2H na Rússia permaneceram estáveis.


“Importante destacar que essa queda no Brasil se dá quando observamos negociações com nações desenvolvidas. Ao analisarmos o total de transações, a pesquisa de Fusões e Aquisições realizada trimestralmente pela KPMG no Brasil aponta que o País ainda continua atrativo, já que no primeiro semestre do ano foram registradas 193 operações com estrangeiros na ponta compradora contra 159 concluídas no mesmo período do ano passado”, afirma Ramos.


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SXC
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