Merkel abre Fórum Econômico em Davos


Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a chanceler Angela Merkel afirmou que a Europa precisa avançar com reformas estruturais para resolver a crise dos países endividados e, assim, eliminar dúvidas sobre a unidade e viabilidade do euro. A chanceler alemã abriu a 42ª edição do encontro anual, nesta quarta-feira (25), e disse que no centro da crise está a falta de competitividade de alguns países europeus, observando que os déficits foram obtidos ao longo dos anos. “Nós não iremos ceder. Mas não podemos resolver o problema com uma varinha mágica”, disse. 



Merkel defendeu a continuidade da moeda única europeia e manteve sua posição contrária à ampliação do fundo de resgate aos países em crise. Segundo ela, os recursos destinados ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira e ao Mecanismo de Estabilização Financeira, de € 770 bilhões e € 500 bilhões, são suficientes para enfrentar a crise.



"Não se trata de não querer ser solidário, mas não podemos assumir um compromisso que não poderemos honrar", disse. Na última segunda-feira (23), a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu a injeção de mais recursos do bloco para ajudar os países mais fragilizados economicamente.



A chefe do governo alemão acrescentou, ainda, que o G20 deve fortalecer a sua agenda de crescimento e emprego neste ano. O grupo, que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes, também deve trabalhar na regulação dos mercados financeiros e assegurar o livre comércio diante dos sinais de aumento do protecionismo em todo o mundo, destacou Merkel.



A crise da dívida na zona do euro dominou as discussões no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, que vai até domingo (29). O evento reúne 2,6 mil líderes políticos (entre eles, 40 chefes de governo e de Estado), econômicos, estudiosos e representantes da sociedade civil para discutir saídas para a crise da dívida e conjuntural. Neste ano, o tema do Fórum é “A grande transformação: elaborando novos modelos".



 

World Economic Forum
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