Montadoras investem em consumidores locais

As montadoras de automóveis estão buscando cada vez mais incorporar as exigências dos consumidores locais em sua produção, sobretudo no que diz respeito ao design dos veículos e ao tipo de combustível, aponta a 15ª Pesquisa Global de CEOs, realizada pela PricewaterhouseCoopers (PwC).

Segundo o relatório, considerar as preferências de compradores regionais é um ponto de destaque nas estratégias de 2012 das montadoras de alcance global, e para que esses produtos sejam criados, grande parte das companhias do setor está investindo em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

No entanto, o estudo ressalta que adaptar os veículos às exigências locais não é uma ação apenas das montadoras. “Requer a colaboração em toda a cadeia. Por isso, os CEOs do setor automotivo devem pensar globalmente quando se trata de estratégia de marca, produtos e plataformas, mas, ao mesmo tempo, é importante que as divisões regionais atuem na adaptação dos veículos”, explica Marcelo Cioffi, sócio da PwC Brasil e atuante no setor automotivo.

Por conta do declínio dos mercados tradicionais e da crise financeira que atinge a zona do euro, o foco das montadoras está em nações emergentes, como China, Brasil e Índia, que atraem continuamente um maior número de consumidores de veículos.

Na China, mercado líder do segmento, a categoria Premium detém 6% do total de compradores de automóveis. Naquele país, inovação e design moderno são algumas das características mais procuradas na hora da aquisição, e 59% dos CEOs entrevistados na pesquisa declararam que estão desenvolvendo produtos especialmente para a região.

Quando questionados sobre a projeção dos maiores crescimentos para a indústria automotiva nos próximos três anos, 38% dos entrevistados declararam que a China deve continuar na liderança, seguida pelo Brasil (24%), Estados Unidos (22%) e Índia (14%), respectivamente. O único país europeu que figura no ranking é a Alemanha, com 10% das respostas.

Outros resultados

Dentre as principais medidas de enfrentamento da crise econômica adotadas pela indústria automotiva, estão o corte de gastos e a dinamização dos processos produtivos.  Ao todo, 82% dos CEOs que participaram do estudo implantaram a redução de custos nos últimos 12 meses, e 69% planejam manter essa medida durante o ano de 2012. Também, 72% deles pretendem focar seus gastos em tecnologia, inovação e otimização de processos existentes em plataformas globais.

A respeito da crise na zona do euro, 57% dos entrevistados disseram-se afetados diretamente pela situação, e 76% consideram a volatilidade da taxa de câmbio como uma razão para ter cautela nos investimentos.

Divulgação Audi
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