Westerwelle enfatiza a importância do Brasil para a Alemanha

“Alegro-me por constatar a presença de tantos brasileiros aqui. Fiz questão de comparecer a este evento para demonstrar quão importantes são, para nós alemães, as relações com o Brasil,” declarou o Ministro das Relações Exteriores e Vice-Chanceler da Alemanha, Guido Westerwelle, em discurso no Encontro Econômico Brasil-Alemanha.


Atualmente, o governo federal alemão trabalha no desenvolvimento de um conceito abrangente para reforçar as suas ligações com a América Latina e o Caribe, no qual o Brasil terá um papel fundamental, informou o Ministro. O interesse pelo País não é uma coisa de momento, mas está assentado sobre bases sólidas e duradouras, o que lhe dá características de cooperação.


No futuro, a Alemanha quer ser uma parceira cada vez mais confiável para o Brasil e quer colaborar ativamente para o seu crescimento. O Brasil dispõe de riquezas naturais e abundantes fontes de energias renováveis, enquanto a Alemanha desenvolve e domina tecnologias de ponta em inúmeras áreas. “Precisamos promover uma maior aproximação desses aspectos”, afirmou o Ministro, apontando outros setores em que isso também deve ser incentivado como infraestrutura, organização de grandes eventos como a Copa do Mundo, formação profissional, ciência e tecnologia.


Cooperação


A Casa da Ciência e Inovação Alemã (Deutsche Wissenschafts- und Innovationshäuser – DWIH) deverá ser um dos mais importantes de seu setor na America Latina. E o Ano da Alemanha no Brasil, proposta para ser realizada em 2013 e sobre a qual conversou com o Presidente Lula em sua recente viagem ao Brasil, poderia se transformar em um catalisador de outras novas ações.


Segundo Westerwelle, as relações econômicas e políticas só podem se desenvolver se as sociedades são amigas. Brasil e Alemanha compartilham uma série de valores comuns: estado de direito, liberdades individuais e a necessidade de cooperação internacional. O desenvolvimento brasileiro colocou o País em uma nova posição no cenário mundial. Isso faz com que nos vários órgãos – FMI, G20, ONU, organizações climáticas e outros, passe a ter um peso maior.


Junto com a Alemanha, o Brasil deve mostrar que assume as suas responsabilidades globais, defendendo objetivos comuns segundo regras e direitos. Regular e reforçar os mercados para evitar futuras crises financeiras são alguns desses objetivos.

Fotostudio SX Heuser/AHK
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