A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), por meio do seu Departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética, apresentou no dia 22 de novembro, o “Seminário Brasil-Alemanha sobre Eficiência Energética & Energias Renováveis”. O evento, que aconteceu no auditório da ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração), em São Paulo, contou com a apresentação de empresas alemãs detentoras de tecnologias, além da participação de especialistas dos dois países.
O seminário é uma das ações da Câmara como parte da “Export Initiative Energy Efficiency”, juntamente com o Ministério Federal da Economia e Energia da Alemanha (BMWi – Bundesministerium für Wirtschaft und Energie, em alemão). Para fomentar o assunto e gerar negócios, foi organizada a vinda de uma delegação de empresas alemãs da área de Eficiência Energética para o Brasil. Além de participarem do seminário, a delegação, formada por empresas alemãs, consultorias e fabricantes de equipamentos, veio ao Brasil com o objetivo de identificar potenciais parceiros. Esse networking aconteceu em São Paulo entre os dias 21 e 22 de novembro de 2016. Além da capital paulista, essa rodada de negócios também aconteceu no Rio de Janeiro (23 de novembro) e em Belo Horizonte no dia 25 de novembro (24 de novembro).
Markus Winter, consultor da energiewaechter GmbH, falou em nome da Iniciativa de Energia do Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha (BMWi) e apresentou um panorama das ações que o seu país está tomando no que diz respeito à Eficiência Energética. Na sequência, as empresas alemãs Airleader, Industrial Solar, Rewitec, TÜV Nord e Janitza apresentaram suas soluções para Eficiência Energética e Energia Renováveis no Brasil.
A situação atual e as perspectivas para o futuro da Eficiência Energética no Brasil foi a temática abordada por Alexandre Mona, presidente da ABESCO – Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia. Mona alertou: “Não podemos olhar para Eficiência Energética apenas como ferramenta para a competitividade industrial. É preciso enxergá-la de forma ampla e focar em trazer benefícios à sociedade”.
Robert Kunde, cientista sênior de Desenvolvimento de Sistemas (ZAE Bayern), comentou sobre as boas práticas para o uso de energia térmica de resíduos industriais na Alemanha. “Com tecnologias de armazenamento, podemos potencializar o uso desse tipo de energia e ter soluções móveis para aproveitar o calor gerado”, explica Kunde.
Na última palestra do dia, Álvaro Sedelacek, presidente da Agência de Desenvolvimento Paulista – Desenvolve-SP, discutiu acerca de financiamento de projetos de eficiência energética. “Estamos bem atrasados no Brasil em relação à Eficiência Energética. Uma das saídas é evitar o consumo desnecessário. E, para isso, nossa ideia é financiar bons projetos, que sejam economicamente viáveis e autossustentáveis, a fim de que outros também possam ser subsidiados”.
Foto: AHK São Paulo/Felipe Mairowski