Escolhida pela revista Forbes, pelo quarto ano consecutivo, a mulher mais poderosa do mundo, a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ganha sua primeira biografia traduzida para o português. Escrita por Gerd Langguth, a publicação abriga, em 453 páginas, informações valiosas de sua personalidade, desde sua infância até os dias de hoje. Langguth faz uma análise aprofundada e humana não só de Angela Merkel como da política que envolve sua vida desde a juventude, embora ela não tenha se associado ao então partido comunista alemão, durante a ditadura da República Democrática Alemã (RDA), supostamente em razão de sua carreira como Física, uma profissão sem relação alguma com política.
Criada na Alemanha Oriental, Angie, como é conhecida entre parentes e amigos mais próximos, vem de família tradicional. Filha de pastor protestante, tinha como hábitos a leitura, a oração e a jardinagem. “Alguns têm dito que sua figura é enigmática. Provavelmente porque viveu sempre entre dois mundos: o de sua família cristã, num país comunista onde o ateísmo era imperativo; após a queda do muro de Berlim e da reunificação, como “alemã oriental” na política da Alemanha Ocidental”, analisa o autor.
Logo após a reunificação da Alemanha, aos 35 anos, foi eleita deputada no Parlamento alemão. Aos 45 anos, foi escolhida Presidente da bancada parlamentar do partido União Cristã Democrática (CDU), o qual reunificou o país. Seis anos depois, foi eleita Chanceler da Alemanha, o país mais poderoso da União Europeia. No dia 27 de setembro de 2009, foi escolhida pela segunda vez para governar o Parlamento alemão.
Eleições 2009 – Após ganhar pela segunda vez as eleições na Alemanha, a Chanceler Angela Merkel deverá fazer uma coalizão com um terceiro partido, além da atual coligação existente entre seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), e a União Social Cristã (CSU), seu parceiro regional bávaro. Os dois partidos obtiveram aproximadamente 34% dos votos no pleito realizado no dia 27 de setembro. Apesar de esse resultado ser suficiente para os conservadores se manterem no poder, é o segundo pior que eles obtiveram no âmbito federal desde 1949.
Principal concorrente de Merkel à Chancelaria Federal, o candidato do Partido Social Democrata (SPD), Frank-Walter Steinmeier, conquistou aproximadamente 23% dos votos, dando ao partido o pior resultado em uma eleição federal e ao mesmo tempo a maior queda já registrada por um partido do país entre um pleito e outro. Steinmeier antecipou, porém, que pretende concorrer à liderança da bancada social-democrata no Bundestag (Câmara baixa do Parlamento alemão).
Biografia: Angela Merkel – Ascenção ao Poder
Gerd Langguth, editora Erfurt, 453 páginas
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