Promoção do Brasil no exterior, modernização da infraestrutura e da logística, e a qualificação de serviços são os três principais desafios do País quanto aos preparativos para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos 2016, segundo o Ministro do Esporte Orlando Silva. Ele falou a cerca de 100 empresários brasileiros e alemães sobre oportunidades de negócios para esses dois megaeventos esportivos, baseando-se na experiência bem-sucedida da Alemanha na realização da Copa do Mundo de 2006.
Durante sua apresentação, Orlando Silva ressaltou a importância da instalação de uma rede estádios de última geração, com segurança, conforto e serviços integrados. “O padrão estabelecido pela Alemanha é um uma referência maravilhosa para o Brasil. Essa rede estádios vai permitir mais conforto, segurança e estimular o crescimento da economia do futebol brasileiro, com critérios de sustentabilidade ambiental”, ressaltou o Ministro.
Para Weber Porto, Presidente da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha se destacou por vários aspectos, não só por questões de planejamento e organização. “Se os resultados da última Copa foram positivos é porque houve uma perfeita sinergia entre o Governo federal com os governos estaduais, o comitê organizador e os empresários alemães”, disse Weber.
Levando-se em conta as carências em infraestrutura, logística e segurança do País, o atraso na execução dos projetos já é uma realidade. Mas, segundo o Ministro, os gargalos centrais em infraestrutura e logística vão receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo independentes dos eventos esportivos. “O que não está previsto pelo PAC é a construção e a modernização de estádios”, ressaltou. Enquanto a Alemanha dedicou cerca de dez anos para se preparar para a Copa do Mundo de 2006, o Brasil tem menos da metade do tempo e muito trabalho pela frente. “Os projetos devem sair do papel até março 2010 para que haja tempo hábil até a Copa de 2014.
Especialmente o sistema aeroportuário é um tema que me preocupa pela urgência e pelo curto prazo que temos”, acrescentou Orlando Silva. Os investimentos alemães em estádios corresponderam a 20% do total aportado para a Copa de 2006 no país, “o qual possuía uma infraestrutura bem superior a que temos no Brasil atualmente”. A Alemanha recebeu cerca de dois bilhões de visitantes em razão da Copa do Mundo, número considerado acima da média internacional. “É por isso que os números da Alemanha são uma referência muito forte para nós”.
