A VINDAME, importadora de vinhos focada em rótulos originários de terroirs especiais participa da Rio Wine and Food Festival 2017 (RWFF). Nesta edição, que acontece no Rio de Janeiro de 19 a 27 de agosto, a importadora marca sua participação na feira e também com uma Master Class diferenciada.
A participação da VINDAME este ano está focada na Itália. Na feira, cinco rótulos serão apresentados, entre eles dois italianos: um da região de Puglia e outro da Toscana. O primeiro é o Roccamora Negroamaro, da vinícola Schola Sarmenti, que recebeu 89 pontos pela Wine Spectator. Já o segundo, Vigna della Cappana Querciavalle, vem da região do Chianti clássico, é de fácil harmonização e tem produção limitada a 15 mil garrafas. Além disso, durante a feira, serão apresentados um vinho rosé vindo da Espanha, e dois rieslings alemães, casta característica da Vind’Ame.
Contudo, é na Master Class, que acontece dia 24 de agosto, a partir das 15h, no Clube Piraquê, que a viagem à Itália realmente acontece pelas mãos de alguns dos mais cuidadosos enólogos do país. E a seleção apresentada pela Vind’Ame é capaz de acabar com qualquer noção pré-concebida sobre os vinhos locais.
Um roteiro para apreciadores
A viagem começa com Graziano Prà, um ícone de qualidade do Vêneto. Seu Soave Classico, produzido com a uva Garganega, sem a inexpressiva Trebbiano, comum nos cortes, é originário de vinhas de 30 a 60 anos e direcionado para expor com franqueza seu caráter frutado. Um ótimo aperitivo para o começo da jornada.
Segue-se para a Emilia-Romagna, famosa no Brasil pela excelente gastronomia, mas normalmente lembrada apenas por simples e festivos lambruscos quando se trata de bebidas. Da região aparecem os vinhos da La Tosa, cuja filosofia é trabalhar para obter a máxima concentração, complexidade, personalidade e riqueza aromática nas uvas, para depois transferir essas qualidades para o vinho, com o máximo de respeito ao equilíbrio e saúde da natureza. Será apresentado o fragrante Malvasia di Candia e um rótulo da desconhecida DOC Gutturnio, este sem qualquer sulfito adicionado durante seu processo, que se mostra delicioso e pronto para beber.
Da Toscana aparecem os vinhos Querciavalle que utilizam apenas castas típicas (Sangiovese e Canaiolo), e métodos tradicionais de vinificação. Ainda na Toscana, é apresentada a obra de Marco Capitoni, que, na menos conhecida DOC Orcia (entre Montalcino e Montepulciano), cria vinhos potentes, mas muito equilibrados, com todo o potencial da Sangiovese.
Mais ao norte, no Piemonte, será apresentado o Barbaresco de Albino Rocca, um nome muito respeitado na região. Seus Nebbiolos buscam sempre expressar muita pureza e respeito aos sabores tradicionais de Barbaresco.
Finalmente chega-se a Puglia, com destaque para o trabalho da Schola Sarmenti, um dos mais meticulosos empreendimentos do Sul da Itália, com foco no Nerío 2012, um Negroamaro cortado com Malvasia Nera, plantado no trabalhoso sistema de alberello, que figurou entre os Top 100 da Wine Spectator em 2015.
Mas a surpresa maior provavelmente vem do Diciotto, um dos melhores Primitivos do mundo. As leveduras autóctones da região conseguem transformar o açúcar das uvas em perfeito estado de maturação (também conduzidas em alberello) até os 18 graus de álcool, algo muito raro. Um vinho excepcional que encerra a viagem.
Foto: Divulgação RWFF