Os empresários alemães estão, novamente, enxergando com otimismo o futuro da economia de seu país. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria – DIHK (Deutscher Industrie- und Handelskammertag) com mais de 25 mil empresas, divulgada nesta semana. “Essa é a primeira vez que eles olham a economia de maneira otimista desde o início da crise”, destaca Martin Wansleben, Vice-Presidente Executivo da entidade.
O executivo lembra que há 30 anos não se via uma melhora tão rápida nas perspectivas para os negócios, como a detectada nesta pesquisa realizada entre dezembro 2009 e janeiro de 2010. “A recuperação econômica está começando a se acelerar”. Em razão disto, o prognóstico da DIHK para a economia alemã em 2010 passou de 2% para 2,3%. O Governo alemão, entretanto, trabalha com um percentual de crescimento mais conservador; de 1,4%.
Cenário
Para o executivo, a exportação será novamente a “locomotiva da conjuntura”. A economia alemã aproveita-se, em especial, da recuperação da economia global. “A orientação à exportação prova mais uma vez ser correta”. Wansleben alerta, porém, que a recuperação não deve ser sufocada por uma crise de crédito. “É por isso que garantir os empréstimos empresariais é a mais alta prioridade”.
Trabalho
A estimativa da DIHK para o mercado de trabalho, entretanto, continua a mesma. O número de desempregados deve aumentar para 3,6 milhões, o que representa 200 mil pessoas a mais na comparação com o ano anterior. “A crise no seu momento mais agudo custou mais de 400 mil empregos”, destaca.