Produção da CSA começará no fim de agosto

Na Companhia Siderúrgica do Atlântico – CSA, a corrida é contra o relógio. As obras, iniciadas em 2006, estão finalizadas. Os altos fornos serão ligados em julho e a usina deverá entrar em operação no final do mês de agosto. No complexo siderúrgico, localizado em uma área de 9,5 quilômetros quadrados no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, foram investidos € 5,2 bilhões. Ao lado de outra usina construída no Estado do Alabama, nos Estados Unidos, os investimentos na CSA são parte da estratégia da ThyssenKrupp para fortalecer a sua presença no mercado mundial de aço.


Em reunião-almoço realizada no dia 3 de maio na Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, o Dr. Axel Wippermann, Presidente de Projetos da ThyssenKrupp, detalhou alguns aspectos do complexo siderúrgico. A unidade é integrada por um terminal portuário, usina termelétrica responsável pelo abastecimento total de energia (490MW), unidade de sinterização, gasômetros, dois altos fornos, aciaria e coqueria.


A movimentação de matérias-primas e produtos semiacabados será feita por correias transportadoras que circundam todo o complexo. “Administrar uma usina siderúrgica é administrar um complexo logístico”, declarou o Dr. Wippermann.


O abastecimento do minério de ferro vindo de Minas Gerais será feita pelos vagões da empresa Vale. Já as 4 milhões de toneladas de carvão necessárias a cada ano, chegarão via marítima. Quando estiver em plena produção, o complexo exportará 5 milhões de placas de aço/ano. As placas, pesando em média 35 toneladas cada uma, medem 15 m de comprimento por 2 m de largura. Na Alemanha e nos Estados Unidos elas serão retrabalhadas, destinando-se prioritariamente ao setor automobilístico.


Desafios do projeto


A obra, que deveria estar finalizada em 2009, enfrentou muitos contratempos. Foi o caso da usina termelétrica e da coqueria, cuja execução foi terceirizada. Os problemas surgidos durante a construção fizeram com que a ThyssenKrupp assumisse a execução por conta própria. “Entendemos desse assunto, afinal temos 150 anos de tradição na produção de aço”, declarou Wippermann.


No auge da fase de construção, o complexo chegou a abrigar 30 mil trabalhadores. Quando a usina estiver em produção, empregará em torno de 350 funcionários. “Apesar da dimensão do projeto e do número de pessoas envolvidas, o número de acidentes foi baixíssimo e isso nos deixa muito orgulhosos”, afirmou Wippermann.

Luiz Machado/ Câmara
Luiz Machado/ Câmara