Com a economia dos Estados Unidos em recessão causada pela pandemia de Covid-19, o número de transações de M&A no segundo trimestre caiu 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, e os valores recuaram 79%. Na comparação anual, é o maior declínio na atividade de transações desde a recessão das pontocom, em 2001. Há indícios, porém, de que o mercado está começando a se estabilizar. Os volumes de negócios em maio e junho foram maiores do que em abril, e alguns grandes acordos foram anunciados em meados de julho. À medida que a situação se normaliza, certos padrões começam a surgir. Ao perseguir transações, algumas ações precisarão ser seguidas, como o desenvolvimento de um plano de geração de valor. Além disso, investimento em cadeias de suprimentos mais resilientes e avaliação das necessidades de trabalho também serão passíveis de análise.
Tendo isso em vista a Pwc publicou um estudo sobre as projeções nas transações comerciais, abrangendo negócios internacionais, setores de tecnologia e as relações de trabalho.
O estudo descreve algumas das novas tendências do mercado, como a diminuição de transações. No segundo trimestre de 2020, o maior negócio alcançou US$ 10,1 bilhões, em contraste com as transações de até US$ 60 bilhões do ano passado. Embora ocorram alguns mega-acordos com o avanço da recuperação, um retorno para os recordes históricos registrados em 2019 não é esperado tão cedo.
A avaliação mostrou a urgência do entendimento da dinâmica de uma indústria em detalhes. Por conta da crise atual, os impactos foram dispersos e generalizados. Para lidar com esse cenário, os investidores deverão avaliar como cada transação afeta o posicionamento estratégico, a excelência operacional e a eficiência de capital de uma empresa.
O setor tecnológico foi um dos mais beneficiados durante a crise por conta do aumento da demanda por tecnologia e infraestrutura digital. A previsão é de continuidade desse crescimento para incorporar os consumidores a novas realidades.
As transações internacionais tiveram queda durante o ano devido à necessidade das empresas se concentrarem nos negócios domésticos. Pensando no futuro, as empresas provavelmente estarão menos inclinadas a arcar com os riscos de serem as únicas proprietárias de seus fornecedores, distribuidores e de suas cadeias de suprimentos de modo mais amplo. A expectativa é ver menos integração vertical no longo prazo, pois as empresas se concentrarão mais nas funções essenciais de seus negócios e devem terceirizar as outras.
Outro ponto levantando pelo estudo diz respeito aos locais de trabalho. Como sugere uma pesquisa da PwC de junho de 2020 com trabalhadores de escritório e empregadores, os escritórios tradicionais não estão obsoletos, mas mudarão significativamente no futuro. A maioria dos funcionários de escritório deseja ter a opção de trabalhar de casa com mais frequência, mesmo depois que a Covid-19 não representar mais uma ameaça. Os trabalhadores também querem que os empregadores os ajudem a estabelecer limites entre o trabalho e a vida pessoal para melhorar sua produtividade.
Para maiores detalhes acerca do estudo, acesse o link da página: https://www.pwc.com.br/pt/estudos/servicos/assessoria-transacoes-deals/insights-do-mercado-de-deals.html