No último dia 10 de novembro, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha realizou a live “ESG: os três fatores decisivos para a retomada econômica”, no Instagram da entidade. O bate-papo contou com a participação da conselheira e coordenadora do Grupo de Intercâmbio de Experiências em Meio Ambiente (GIEMA) da AHK Paraná, Cris Baluta, e do gerente regional da entidade, Augusto Michells, que conduziu a discussão. O tema despertou o interesse de empresas de diferentes segmentos e entidades internacionais, como a AHK Panama.
Durante o evento on-line e aberto ao público, a coordenadora do GIEMA, que ocupa o cargo de CEO na Roadimex Ambiental e também é fundadora do Instituto Ser (Sustentabilidade, Engajamento e Realização), compartilhou sua experiência profissional, esclareceu os principais pontos envolvendo os fatores ESG, isto é, Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) e revelou de que forma eles podem ser decisivos para as empresas no processo de retomada. Cris ainda citou sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Organizações das Nações Unidas (ONU), que estabelecem práticas adotadas pelos países membros para fomentar a sustentabilidade no mundo.
“Novos critérios têm sido definidos no ambiente empresarial, uma vez que a governança das organizações passa por transformações significativas. As companhias que adotam os fatores ESG como prioridade sinalizam ao mercado mais solidez nos negócios, demonstram transparência, além da redução no risco de danos socioambientais e também preocupação quanto aos consumidores”, apontou.
Com vasta experiência na área ambiental, a coordenadora do GIEMA reforçou durante o bate-papo que os fatores ESG têm sido valorizados pelos investidores e executivos do mundo todo. “É uma tendência muito forte na Europa. No Brasil, por exemplo, a pandemia vem acelerando o processo de adoção desses critérios. Vem aí uma onda ESG, com padrões mais rígidos de qualidade ao mercado e possibilidades para as empresas agregarem valor à marca. Isso se encaixa em todos os segmentos, incluindo o agronegócio”.
Ela relatou também que muitas organizações estão se preparando para o ESG, enquanto outras estão em fase de aprimoramento. Sobre o tempo para implementação, Cris afirmou que o prazo varia entre sete e nove meses, mas fez um alerta sobre o trabalho de monitoramento constante que deve ser feito, tanto interno, por parte das lideranças e colaboradores, quanto externo, por meio de uma consultoria especializada.
Ainda sobre a atratividade e valorização por investidores, o gerente regional da AHK Paraná, Augusto Michells, acrescentou algumas questões globais para a discussão e citou a atualização das instituições financeiras em relação aos investimentos em ESG. “Mais de US$30 trilhões em ativos são gerenciados por fundos que possuem estratégias sustentáveis no mundo (números da XP Investimentos)”, informou Michells.
Por fim, o gerente regional da AHK Paraná ressaltou a importância de trazer essa discussão à tona e das empresas brasileiras se alinharem, adotarem esses fatores para a promoção do bem-estar social, zelo ao meio ambiente e a fim de estabelecer critérios éticos em relação à governança.