Práticas ESG tornam os negócios atrativos aos investidores
*Por Cris Baluta
Graças ao termo ESG, em inglês, Environmental, Social and Governance ou ASG – Ambiental, Social e Governança, cujo movimento surgiu há mais de 10 anos, empresários, executivos, stakeholders, empresas e a sociedade em geral entraram rapidamente na era verde.
Obviamente, tornar uma empresa verde não é uma tarefa fácil, porém estamos em um momento de formular respostas e buscar soluções que correspondam realmente às necessidades.
Qual sua estratégia verde?
Não se trata única e exclusivamente de uma pergunta de marketing, mas, sim, nos faz refletir sobre como nossas empresas se relacionam com as questões ambientais, sociais e de governança. É uma indagação que cabe e deve ser colocada para toda e qualquer empresa, independente de seu porte.
Neste século XXI, a crescente economia verde está voltada aos desafios ambientais e sociais do mundo, criando novas oportunidades, nos colocando para pensar em processos empresariais e no desenvolvimento de produtos menos esbanjadores dos recursos naturais, menos poluentes e que venham ao encontro da economia circular.
Os investidores não vão apenas analisar os indicadores financeiros e solidez de nossas empresas, mas também focar em companhias que estejam alinhadas com as boas práticas ESG, as quais realmente contribuam para a criação de valor nos negócios e, ao mesmo tempo, melhorem seu desempenho e reputação. Justamente a colocação em prática de uma agenda ESG dentro de nossas empresas é que as tornam atrativas e sólidas ao mercado.
Se sua empresa faz, mostre! Se sua empresa tem propósito, demonstre. A modéstia não é mais um ativo. Temos que entender que aplicar as questões ESG nos proporcionará redução de custos, riscos e obrigações. Uma atuação mais limpa, além do exigido por lei, fará com que o consumidor abra sua carteira e consuma de forma mais benéfica a todos.
Empresas, imprensa, política, militância e consumidores precisam entender que não se trata de termos uma sensação súbita a respeito do tema Economia Verde mais lucrativa, e sim de um desenvolvimento moderno e apoiado por causas que vão melhorar o lucro final. Refere-se à ampliação de receitas por meio de inovação, novos mercados e novas oportunidades empresariais.
A natureza dos nossos desafios mostra que mudamos de estágio. A mudança climática é global. A magnitude do assunto e persistência tornam a situação indiscutível. A indústria precisa reduzir sua pegada de carbono obtendo, com isso, vantagens em uma produção mais limpa. Obviamente, cada companhia possui suas características próprias, porém se buscarmos aspectos em comum, certamente lograremos em ter benefícios adicionais, melhores atributos ambientais e uma economia mais verde e lucrativa, afinal é uma tendência dominante.
Fica aqui a reflexão: O que isso tem a ver comigo? O que isso tem a ver com minha empresa?
*Cris Baluta é conselheira da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) e coordenadora do Grupo de Intercâmbio de Experiências em Meio Ambiente, Social e Governança (GIEMA+SG). É CEO da Roadimex Ambiental Ltda e Fundadora do Instituto Ser (Sustentabilidade, Engajamento e Realização).