Uma pesquisa realizada pela KPMG apontou as principais mudanças que devem impactar o cenário bancário relacionado a serviços a segmentos de negócios que vão desde pequenas empresas até grandes contas. No estudo, foram identificados ainda os três modelos de negócios dominantes para essas instituições se manterem competitivas. O levantamento contou com o apoio da Forrester Consulting e ouviu mais de 400 líderes envolvidos com estratégias centradas no cliente de diversas áreas ao redor do mundo.
Entre as mudanças apontadas no relatório estão as seguintes: migração das interações com clientes de agências e centros de negócios para aplicativos financeiros, permitindo que eles acessem os serviços quando e onde eles precisarem; a privacidade dos dados tornou-se crítica, dando aos clientes maior controle e propriedade das informações pessoais; dados mais eficazes, combinados com tecnologias avançadas, estão impulsionando soluções automatizadas e personalizadas de finanças e investimentos, reduzindo fraudes e melhorando a conformidade regulatória; a tecnologia descentralizada espera aumentar a velocidade, segurança e transparência das transações e operações financeiras internacionais; o aumento das expectativas de sustentabilidade e propósito corporativo significam que as políticas e metas ambientais, sociais e de governança (da sigla em inglês ESG) devem ser integradas aos processos, política de risco e modelos de negócios.
“Para sobreviver e crescer nessa nova realidade, os bancos comerciais devem adotar o conceito de uma abordagem corporativa conectada, vinculando as três áreas de atendimento ao cliente – o front, middle e back office – (contato direto, área intermediária e apoio) para acelerar uma jornada para a transformação digital e com continua melhora na experiência do cliente”, analisa o sócio-líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório.
Além disso, o levantamento apontou os três modelos de negócios futuros dominantes nessa nova realidade: novo ecossistema de banco comercial abrangerá uma gama de partes interessadas interconectadas, incluindo clientes, concorrentes, fornecedores e intermediários; modelo de banco como serviço (banking-as-a-service) por meio de parcerias estratégicas que permitirão acessar recursos e canais importantes para os clientes; e uso de provedores de plataforma que desenvolvem infraestrutura para viabilizar ecossistema bancário.
Por fim, o estudo ainda definiu cinco imperativos para a transformação do negócio neste setor: modelos de relacionamento inovadores e o papel evoluído do gerente de relacionamento; transição para novos ecossistemas; substituição e reconstrução da tecnologia bancária; transformação de modelos operacionais e estruturas de custos; e entrega de serviços operacionalmente excelentes.
“Os bancos estão diante de um ambiente cada vez mais complexo, exigindo desenvolver uma maior conexão da estratégia de crescimento com os desafios da transformação digital, viabilizando na pratica, inovações relevantes em relação as demandas dos clientes, aprimoramento rápido dos recursos digitais, criando novos ecossistemas para compartilhamento e uso inteligente de dados de maneira segura e transparente”, finaliza o Sócio-Líder da área de consultoria em negócios da KPMG no Brasil e na América do Sul, Dustin Pozzetti.