A Baviera é um berço de ideias inovadoras: 21% das startups alemãs fundadas no terceiro trimestre de 2022 nasceram na Baviera – mesma quantidade registrada em Berlim, de acordo com uma avaliação feita pela empresa de investimentos de capital de risco Morphais VC, sediada na capital alemã. Entre as áreas em ascensão despontam as deep techs, startups que lidam com inovação complexa e tecnologias cientificas.
Segundo a CEO e General Partner da Morphais, Eva-Valérie Gfrerer, as companhias de capital de risco se deram conta de que as empresas do futuro mais bem-sucedidas não vêm apenas de centros como Berlim ou Londres, mas também de locais de ciência tecnológica como Munique ou Zurique.
Gfrerer apontou ainda que as deep techs são particularmente atraentes para investimentos de capital de risco (Venture Capital – VC). De janeiro a setembro deste ano, já foram contados 209 startups deste campo na Alemanha – mais do que as 207 fundadas em todo o ano de 2021. Em comparação, Berlim registrou há dois anos apenas 107 novas deep techs.
Em relação ao ano anterior, a participação dessas startups aumentou de 6% para 10%. “O fato de que o número de startups no setor de deep techs continua a aumentar é um sinal muito positivo para a indústria e para a Alemanha como um local de inovação. Além disso, as deep techs são particularmente atraentes para os capitais de risco porque o número de startups que fazem o exit – processo de venda de participação dos investidores para ajudar no crescimento dos negócios – é 21% maior para estas empresas do que para as startups médias da Europa”, explicou a CEO.
Startups alemãs se mostram satisfeitas com cenário atual
De acordo com a última edição do Monitor Alemão de Startups (Deutschen Startup Monitors – DSM), os fundadores alemães estão, de modo geral, bastante satisfeitos com o ecossistema inicial: 67,7% o classificam como bom ou muito bom. Em Munique, 72,4% estão satisfeitos, em comparação com os 81% de Berlim.
O estudo inicial mostra o status quo do ecossistema alemão e reuniu respostas 1.976 startups, a maioria delas de Berlim (19,1%) e Munique (8,0%). As duas cidades são descritas no relatório como “verdadeiros hotspots” e são usadas como referência para o cenário de startups da Alemanha.
Uma grande parte das empresas pesquisadas busca a sustentabilidade como meta empresarial: 46% se consideram parte da economia “verde”. Além disso, 61% querem combinar sustentabilidade ecológica e crescimento. “Os fundadores e suas startups estão moldando significativamente a economia do amanhã. Eles nos mostram que responsabilidade econômica e progresso tecnológico não são contradições: elas andam de mãos dadas”, afirmou a Diretora Executiva da Startup Association, Franziska Teubert.