Bayer apresenta soluções para minimizar os impactos causados pela cigarrinha do milho

Foto: Divulgação Bayer

O plantio do milho na safra 2023/24 já iniciou em alguns estados que cultivam o cereal na janela de verão. Junto com a semeadura, também começa o trabalho de monitoramento de uma das principais pragas da cultura, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), inseto-vetor das doenças que compõe o complexo de enfezamento. Especialistas e entidades do setor buscam conscientizar os agricultores para que adotem não só medidas preventivas de controle, como também escolham híbridos adequados e um manejo integrado assertivo, visando mitigar prejuízos que podem chegar a 70% de uma lavoura, segundo a Embrapa.

A primeira dica dos especialistas é que antes de iniciar a semeadura do milho, o produtor deve eliminar as plantas de milho voluntário (tiguera ou guaxo), que são plantas não cultivadas, oriundas de grãos e partes de sabugos com grãos de milho perdidos no processo de colheita e transporte, que acabam germinando não só nas áreas agrícolas, como nos acostamentos e canteiros das estradas e cidades.

“Esse milho tiguera acaba servindo de ponte verde entre uma safra e outra, abrigando tanto o inseto quanto os agentes causais que compõe o complexo: o enfezamento vermelho, enfezamento amarelo (pálido) e o vírus do raiado fino (vírus da risca). Por isso, ele precisa ser eliminado”, adverte Marcelo Ferri, Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado da Bayer.

O segundo passo é a escolha de híbridos com algum grau de tolerância ao complexo de enfezamento. Um bom exemplo de como esse item é importante é que desde que a cigarrinha do milho passou a trazer um risco mais expressivo para a cultura, a Bayer vem investindo no melhoramento de germoplasmas mais tolerantes ao complexo de enfezamento. Com isso, a empresa estima que os híbridos lançados com este propósito, entre 2020 e 2023, evitaram perdas de aproximadamente 3,67 milhões de toneladas de milho.

“Ou seja, o uso de híbridos com tolerância ao enfezamento foi importante para a economia brasileira. Essas 3,67 milhões de toneladas preservadas evitaram um prejuízo de US$ 350 milhões aos produtores”, afirma Pierri Spolti, Diretor de Fitopatologia e Sistemas de Produção da Bayer.

Outro passo importante antes de iniciar o controle nas lavouras é tratar as sementes de milho, garantindo assim uma largada sadia da lavoura.

Quando o milho atingir o estádio aproximado de V4 é o momento de iniciar também o combate contra as ninfas da cigarrinha, consideradas umas das principais razões para as explosões de população.

“O manejo das ninfas da cigarrinha talvez seja um dos principais gargalos para o sucesso na erradicação dessa praga. Algo pouco comentado e difundido. Os produtores acabam deixando as ninfas prevalecerem e, por consequência, tem explosões de cigarrinha, que são mais atraídas por plantas já infectadas com o complexo de enfezamento, gerando um grande incremento da população da praga doente”, alerta Ferri, o especialista da Bayer.

Vale ressaltar ainda a importância do acompanhamento e adoção do manejo integrado de pragas (MIP). “Com as informações do monitoramento em mãos, os produtores percebem a importância do uso de dados para calibrar sua estratégia de manejo. A cultura do milho tem um período muito curto para definir o potencial produtivo e estar atento aos detalhes faz a diferença nos resultados da safra. Enfatizamos a importância de todos os produtores acompanharem o monitoramento, pois a cigarrinha está presente em todas as regiões de plantio de milho verão e safrinha, com potencial de causar impactos significativos ao potencial produtivo, caso não sejam tomadas medidas preventivas”, Marcelo Giacometti, Gerente de Field Marketing na Bayer.