A EY, uma das principais consultorias e auditorias do mundo, e a ABDIB, Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, realizam semestralmente o Barômetro da Infraestrutura com o objetivo de identificar o ânimo de empresários e especialistas dos setores de infraestrutura a respeito de temas que impactam a realização de investimentos e o desenvolvimento de projetos. A 10ª edição do estudo indica que o Saneamento Básico segue como principal setor atrativo para investimentos com 61,5% das respostas, seguido por energia elétrica (46,9%) e rodovias (32,4%).O setor de Saneamento Básico se mantém na liderança desde 2019, mas as iniciativas recentes como o Marco do Saneamento trouxeram ainda mais holofote para as oportunidades deste mercado. Já a presença de Energia Elétrica entre os destaques acontece pela estruturação e regulamentação bem definida que o setor tem nos últimos anos.
Olhando para o cenário macroeconômico, mesmo com uma instabilidade a nível global, por questões econômicas envolvendo os Estados Unidos e China, em relação à taxa de juros, os conflitos armados, entre o grupo armado Hamas e o Estado de Israel, além da persistência dos embates entre Ucrânia e Rússia, os dados nacionais foram positivos. Ao considerar investimentos em infraestrutura, considerando os setores logística/transporte, telecomunicações, energia e saneamento básico, o ano de 2023 foi marcado por um crescimento de 19,6% em termos reais em relação a 2022, alcançando R$ 213,4 bilhões, o maior valor desde 2014.
Segundo a previsão global feita pela Forrester, os gastos com softwares de inteligência artificial (IA) pronto para uso e personalizados devem dobrar de US$ 33 bilhões em 2021 para US$ 64 bilhões em 2025, crescendo 50% mais rápido do que o mercado geral de softwares, com uma taxa de crescimento anual de 18%.
Hoje, já existe um projeto que está sendo realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) em parceria com a Embratel que usa a inteligência artificial para automatizar a identificação de vazamentos na rede de distribuição de água tratada em Brasília. Com o uso de sensores fixos instalados nas tubulações de maneira não invasiva, ou seja, sem perfurações na estrutura ou contato com a água, os quais através de uma conectividade M2M (machine to machine) e dispositivos de Internet das Coisas (IoT), eles são capazes de identificar a localização exata dos vazamentos por meio de vibrações e ruídos dos canos. Assim, uma IA coleta e armazena as informações, apresentando-as em um painel de controle que envia alertas e fornece recomendações para apoiar a equipe técnica da Caesb, agilizando e otimizando as ações de reparo.