Em um movimento estratégico para ampliar seu impacto social no Brasil, a Fundação Grupo Volkswagen (FGVW) anuncia a Mobilidade Social como sua causa prioritária, marcando um novo capítulo em seus 45 anos de história. A decisão, fruto de um extenso planejamento estratégico e diagnósticos socioterritoriais empreendidos ao longo do último ano, marca um novo capítulo na trajetória da instituição, que, desde 1979, realiza e apoia ações sociais e educacionais com recursos de um fundo constituído pela Volkswagen. Atualmente, fazem parte dos órgãos de governança da Fundação representantes da Volkswagen do Brasil, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volkswagen Financial Services, além de duas conselheiras independentes.
Esse novo posicionamento está alinhado com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). “Sob o propósito ‘Juntos pela mobilidade social’, redefinimos territórios prioritários de atuação, público-alvo e portfólio de programas e projetos, visando à ampliação do nosso impacto e legado. Nos últimos 10 anos, a Fundação já investiu mais de R$ 100 milhões em iniciativas socioeducacionais no Brasil e, para 2024, estamos aplicando mais de R$ 16 milhões em recursos próprios nas comunidades em que estamos presentes”, afirma Douglas Pereira, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Grupo Volkswagen e Vice-Presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
Mobilidade Social é o processo em que indivíduos ou grupos transitam entre diferentes posições socioeconômicas, podendo subir ou descer na escala social. A Fundação Grupo Volkswagen escolheu essa causa única como resposta ao desafiador cenário brasileiro relacionado a este tema. Isso porque, a desigualdade social e a concentração de renda dificultam a ascensão social da maioria dos brasileiros. O acesso desigual à educação de qualidade e as barreiras no mercado de trabalho são obstáculos importantes.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o 1% mais rico da população brasileira concentra quase um terço da renda nacional. Um estudo do Laboratório das Desigualdades Mundiais da Escola de Economia de Paris, publicado em 2021, revela que a metade mais pobre do Brasil possui menos de 1% da riqueza total, enquanto os 10% mais ricos detêm cerca de 80% do patrimônio privado. Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que a mobilidade social no Brasil é uma das mais restritas do mundo, exigindo nove gerações para que os mais pobres alcancem a classe média.
“Após 45 anos de história, essa mudança representa um comprometimento ainda maior com a promoção da equidade no Brasil. A concentração de renda e a falta de oportunidades impedem que milhões de brasileiros alcancem todo o seu potencial. Acreditamos que a inclusão produtiva, por meio do empreendedorismo e da empregabilidade, aliada ao fortalecimento das capacidades locais e à assistência social, é o caminho mais efetivo para promover a justiça social e a igualdade de oportunidades no país”, comenta Vitor Hugo Neia, Diretor-Superintendente e de Relações Institucionais da Fundação Grupo Volkswagen.