O Instituto de Economia Alemã de Colônia (Institut der deutschen Wirtschaft Köln) divulgou que, em junho deste ano, faltavam cerca de 65 mil matemáticos, especialistas em informática, cientistas naturais e técnicos, os chamados profissionais MINT (Mathematik, Informatik, Naturwissenschaften und Technik) no mercado de trabalho alemão.
De acordo com o instituto, a solução para o problema é atrair profissionais qualificados do exterior. No entanto, a burocracia no processo de imigração dificulta a entrada dessa mão-de-obra na Alemanha. Atualmente, eles representam menos de 20% do quadro de profissionais do país.
Os candidatos a imigração provenientes de países de fora da União Europeia (UE) precisam comprovar um salário anual mínimo de € 66 mil. Para efeito de comparação, atualmente o salário de um professor universitário – profissional altamente qualificado – na Alemanha é de aproximadamente € 47 mil por ano.
Em 2008, 86 mil estudantes se graduaram em uma das profissões MINT em universidades alemãs. Entretanto, a demanda é tão grande, que em áreas como engenharia, por exemplo, três em cada grupo de cinco vagas disponíveis não são preenchidas.
Desdobramentos
A falta de mão-de-obra especializada gera prejuízos ao mercado alemão. No ano passado, só o segmento de engenharia perdeu € 3,4 bilhões com processos de fabricação e o desenvolvimento de novos produtos afetados pela falta de profissionais qualificados.
Os estudos revelam ainda que se a imigração de 100 mil profissionais estrangeiros qualificados fosse facilitada por ano, o produto interno bruto da Alemanha saltaria dos atuais € 2,4 bilhões (em 2009) para € 34 bilhões em dez anos.