Cooperativas brasileiras exportam mais

As cooperativas brasileiras registraram, de janeiro a junho deste ano, um aumento de 14% nas exportações, alcançando a margem de US$ 1,99 bilhão, conforme a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, comenta que há uma tendência de recuperação dos preços das commodities agropecuárias no mercado internacional, fato que possibilita a retomada e também o fechamento de novas parcerias comerciais importantes com países da Ásia, Oriente Médio e África, por exemplo.


Evandro Ninaut, gerente de Mercados da organização, atribui o crescimento à expansão da demanda dos países emergentes e “da blindagem do seu sistema financeiro, fator primordial para estabilizar os efeitos dos ajustes externos ocasionados pela crise financeira internacional”. Ele afirma que a depreciação do dólar tem também contribuído para os preços mais elevados das commodities.


Ranking


Ultrapassando a soja, que é o tradicional produto comercializado pelo segmento, o setor sucroalcooleiro (açúcar refinado, açúcar bruto e álcool etílico) ficou em primeiro lugar no ranking dos produtos que mais são comercializados pelas cooperativas, com US$ 749 milhões, ou 37% das exportações totais.


Entre os países de destino desses produtos, a China desponta em primeiro lugar, com 13,7% do total exportado. Em segunda posição vem a Alemanha, respondendo por US$ 182 milhões (9%) desse montante. O país importa principalmente a soja, seguida pelo café e pela carne.


Cerca de 140 cooperativas brasileiras vendem suas mercadorias a outros países. No primeiro semestre, o Estado do Paraná representou 42% do total das negociações externas (US$ 840 milhões) realizadas no âmbito do cooperativismo, enviando ao exterior grãos, farelo e óleo de soja, além de carne de frango.

SXC
SXC