A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de vítimas de câncer no mundo aumente 50% até 2030. O principal motivo é aumento da população idosa. Este ano, 73 novos procedimentos médicos obrigatórios foram adicionados à lista dos planos de saúde, entre eles, o exame PET Scan, que detecta o crescimento precoce de tumores. Desde então, os fabricantes do equipamento que realiza o exame registraram aumento nas vendas.
“A inclusão do exame na lista de procedimentos obrigatórios com certeza foi o principal responsável pelo aumento da procura pelo equipamento PET. Mas não foi só isso. Tivemos também um aumento na produção de FDG, que é o insumo injetado no paciente para a realização do exame. Os dois fatores resultaram em uma duplicação do tamanho do mercado”, declara Leonardo Packer, gerente de negócios da Siemens Healthcare.
A tomografia PET mede a concentração de um traçador radioativo – geralmente um composto de glicose e uma substância radioativa – que é injetado no paciente. As regiões que estão metabolizando essa glicose em excesso, tais como tumores ou regiões do cérebro em intensa atividade, aparecem em vermelho na imagem criada pelo equipamento.
A divisão de Healthcare da Siemens foi a primeira a trazer o equipamento para o Brasil, ainda em 2003. Em 2009, a empresa vendeu 14 PET Scanners no País. A previsão é que 15 equipamentos sejam instalados até o final deste ano.
Lançamento
A Siemens está lançando no Brasil o Biograph Molecular CT (Biograph mCT), que combina a tomografia PET Scan convencional com a tomografia computadorizada (CT). O novo equipamento é capaz de mostrar o local e a dimensão dos tumores em um só exame.
“O Biograph mCT é muito diferente dos demais PET Scans. Ele oferece mais conforto para o paciente, pois o túnel pelo qual ele passa é mais aberto e mais curto. Ele também possibilita uma aquisição completa em apenas 5 minutos, além de fornecer uma resolução de 2 mm (aproximadamente três vezes melhor que os demais)”, explica Packer.
Um total de 50 unidades do Biograph já foram instaladas na Alemanha, onde mais de 430 mil casos de câncer são descobertos todos os anos resultando em cerca de 210 mil mortes. No Brasil, o primeiro modelo deve ser instalado no próximo mês na Clínica Villas Boas, em Brasília.
O equipamento pode custar €3 milhões dependo dos recursos do aparelho, contra € 1,5 milhões do aparelho convencional.
