A produção industrial brasileira cresceu 15% de janeiro a julho desse ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reflete a recuperação do setor e reforça a previsão de que, em breve, a produção retomará os índices anteriores à crise global. A expectativa é de que isso ocorra em até três meses, segundo o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo de Ávila. A recuperação rápida, afirma, se deve principalmente às medidas anti-cíclicas adotadas pelo governo, como as desonerações tributárias.
Um documento divulgado nesta terça-feira (31) pela CNI revela que a indústria brasileira foi a segunda mais afetada pela crise entre os quatro países dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). Atrás apenas da Rússia, cuja retração chegou a 32,1%, a queda da produção foi de 2,5% entre setembro de 2008, véspera do início da crise, e junho desse ano.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2010, o crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de veículos automotores (31,4%) e de máquinas e equipamentos (37,5%), segundo dados do IBGE. Destaque ainda para as expansões de metalurgia básica (29,8%), outros produtos químicos (15,9%), produtos de metal (32,6%), indústrias extrativas (15,4%), alimentos (5,7%) e borracha e plástico (19,8%).