Um estudo realizado pela empresa multinacional de consultoria imobiliária, Newmark Knight Frank, revela que o espaço disponível para escritórios de alto padrão em São Paulo é cada vez menor e que o preço dos aluguéis nos bairros mais cobiçados da cidade deve continuar subindo.
O levantamento foi realizado nas principais regiões de concentração de escritórios de São Paulo, como nas avenidas Paulista, Faria Lima, Juscelino Kubitschek, Vila Olímpia e Berrini, na Chácara Santo Antônio e na Marginal Pinheiros. Edifícios concluídos e outros ainda em fase de construção formaram o universo da análise, totalizando uma amostra de 151 imóveis.
Atualmente, a taxa de vacância – que corresponde à porcentagem do espaço vago em relação ao total – se encontra em 8,44% na capital do Estado. Na Chácara Santo Antônio e na região do Morumbi da Marginal Tietê, já não há mais áreas vagas para abrigar novos escritórios.
Carlos Pacheco, CEO da companhia, acredita que o cenário não deve mudar muito nos próximos dois anos. “As taxas de vacância devem continuar inferiores a 10% para escritórios de alto padrão”, diz.
O executivo também afirma que os preços praticados em São Paulo já estão entre os mais altos do País e que, em termos de área ocupada, a cidade só perde para o Rio de Janeiro, onde a oferta de terrenos para a construção de novos edifícios é ainda menor.
A região da Avenida Faria Lima, nas imediações da Juscelino Kubitschek, tem o metro quadrado mais caro da cidade. Pacheco explica que, “nessa região, a outorga (custo adicional que se paga à prefeitura para viabilizar a construção de prédios com área superior à do terreno) se esgotou e novos edifícios não poderão ser construídos por enquanto”.
Projeções
Conforme Pacheco, com a limitação de espaço para a construção de novos edifícios, o eixo de crescimento deve se deslocar das regiões centrais para regiões mais periféricas, como Jaguaré, Santo Amaro e Barra Funda, onde, até pouco tempo atrás, não havia muitos prédios comerciais.
O relatório divulgado pela consultoria projeta um crescimento de 7,33% ao ano no estoque total de edifícios entre 2010 e 2014.