As importações brasileiras de produtos químicos aumentaram 30,4% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período de 2009, alcançando US$ 24,3 bilhões. As exportações, de US$ 9,6 bilhões, cresceram 29,4%, na mesma comparação.
Com esse resultado, o déficit na balança comercial de produtos químicos alcançou US$ 14,7 bilhões no período. Considerando o período de 12 meses (outubro de 2009 a setembro de 2010), o déficit é superior a US$ 19 bilhões, o que reforça as estimativas de que este ano o saldo negativo na balança comercial ficará próximo ao recorde de US$ 23,2 bilhões de 2008.
As importações no setor têm apresentado uma trajetória crescente este ano. Elas saltaram de US$ 2,2 bilhões em janeiro para cerca de US$ 3,3 bilhões em setembro. Na avaliação da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), boa parte do crescimento da demanda interna por produtos químicos tem sido atendida por importações, o que reforça a necessidade de estimular investimentos no setor. No final do ano passado, a entidade encaminhou ao governo um estudo que projeta investimentos de US$ 87 bilhões, até 2020, apenas para que o setor acompanhe o aumento da demanda prevista, e mais US$ 45 bilhões para equilibrar o déficit comercial.
Os produtos químicos mais importados pelo País de janeiro a setembro foram os medicamentos para uso humano (US$ 3,9 bilhões), os intermediários para fertilizantes (US$ 3,2 bilhões) e as resinas termoplásticas (US$ 2,4 bilhões). Os mais exportados foram as resinas termoplásticas (US$ 1,3 bilhão), os produtos petroquímicos básicos (US$ 718 milhões) e os aditivos de uso industrial (US$ 600 milhões).
