O escritório alemão de arquitetura gmp (Architekten von Gerkan, Marg und Partner) é responsável pela modernização de três estádios brasileiros que sediarão a Copa de 2014. O Estádio Nacional de Brasília, o Mineirão (em Belo Horizonte, Minas Gerais) e a Arena Amazônica (em Manaus) se beneficiarão do know how dos arquitetos alemães que assinam grandes obras no mundo todo, como a reforma do Estádio Olímpico de Berlim e três dos 10 estádios que abrigaram jogos da Copa de 2010 na África do Sul (Porto Elizabeth, Durban e Cidade do Cabo).
A gmp é especialista em otimizar o espaço das arenas para viabilizar sua utilização quando não há jogos e garantir sua rentabilidade. Desta forma, os empreendimentos que fazem parte de seu portfólio contam normalmente com amplos centros de convenções, centros comerciais e gastronômicos e com tecnologias que permitem o encolhimento das arenas para eventos menores.
“Futebol não é a renda principal das arenas”, disse Ralf Amann, da gmp Brasil, durante o Seminário Megaeventos Esportivos: Brasil 2014 – Rio 2016, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e TozziniFreire Advogados nesta quinta-feira (11).
Amann mostrou, durante o evento, de onde veio a inspiração para os projetos dos estádios brasileiros. A fauna e a flora da região foram a fonte de inspiração para a Arena Amazônica, em Manaus, que deverá ser o símbolo da Copa Verde em 2014. A cobertura do Estádio Nacional de Brasília reproduz o céu estrelado brasileiro e, ao mesmo tempo, as estrelas da bandeira nacional.
Modelo de sustentabilidade
O Verdão, em Cuiabá, no Mato Grosso, foi demolido para dar lugar à Arena Pantanal, que está sendo construída pelo escritório brasileiro GCP Arquitetos baseado em conceitos de ecoeficiência.
O novo estádio estará em um complexo de 300 mil m² que também contará com piscinas esportivas, academia de lutas, restaurantes, museus, choperias, áreas verdes e muita água, para amenizar a sensação de calor típica da região.
Segundo Sérgio Coelho, arquiteto da GCP, além de ser multiuso, a Arena Pantanal terá um esquema de reutilização de água e elementos controladores de vazão da mesma para evitar o desperdício, além de proteção térmica e sistema de energia eficiente, com certificação ambiental LEED. O paisagismo do projeto pretende recuperar a mata local e as espécies nativas.
