Brasil receberá visita de Merkel e sete ministros

O ano de 2010 registrou diversos recordes na relação entre Brasil e Alemanha. As expectativas para o próximo ano são otimistas não só na economia, mas também na esfera política. A Câmara Brasil-Alemanha espera, em 2011, a visita de sete ministros alemães entre eles Guido Westerwelle, Ministro das Relações Exteriores; Dr. Peter Ramsauer, Ministro dos Transportes; e Annete Shavan, Ministra de Educação e Pesquisa, além dos Ministros da Economia e Agricultura entre outros. A Chanceler Angela Merkel também deverá vir ao Brasil ainda no primeiro semestre. O anúncio foi feito durante o lançamento da 1ª Pesquisa de Conjuntura Econômica da Câmara alemã, nessa quarta-feira (24), em São Paulo.


A intensificação das relações pode ser atribuída aos resultados econômicos do Brasil em 2010. Segundo Ingo Plöger, membro do Senior Advisory Board da Câmara e presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, as empresas alemãs esperam do novo governo, em 2011, a sustentação da política macroeconômica em relação à estabilidade da moeda e desenvolvimento econômico, bem como a continuação dos princípios de gastos públicos.


 Apesar do bom cenário, alguns aspectos econômicos ainda deverão ser discutidos entre os dois países, principalmente a implantação de um acordo de bitributação, no âmbito das empresas de pequeno e médio porte e na transferência de pessoas, comentou Plöger no evento.


Outras medidas importantes que impulsionariam ainda mais a relação entre os países, segundo ele, são a aprovação de um projeto de transfer pricing, que já está no Congresso; a redução de barreiras não tarifárias e a implantação do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. Esse acordo facilitaria a exportação de produtos brasileiros, já que os incentivos à exportação na Alemanha dificultam a concorrência, comentou Weber Porto, presidente da Câmara Brasil-Alemanha.


Mais interesse


 A Câmara alemã recebeu, nesse ano, 10 mil solicitações de informações por parte de empresas alemãs. Em 2008, foram 7 mil. Segundo o presidente da entidade, esse número deverá ficar entre 12 mil a 15 mil no próximo ano, indicando um interesse crescente em negociações com o Brasil. Entre essas empresas, 26% estavam interessadas em parcerias e 5,1% pretendiam abrir filiais.


Para o presidente da Câmara, a Copa do Mundo deverá trazer ainda mais parcerias bilaterais, não só na construção de estádios, que representam apenas 10% dos investimentos totais na preparação do evento, mas principalmente na área de tecnologia de infraestrutura. A Alemanha possui vasta experiência adquirida na Copa de 2006 e já pôde transferir esses conhecimentos para ajudar na estruturação do Mundial na África do Sul.

Câmara Brasil-Alemanha
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