O ano ainda nem acabou e os analistas da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) já têm previsões para a balança comercial brasileira de 2011. A estimativa é que as exportações cheguem a US$ 226 bilhões, ante os US$ 199,7 bilhões previstos para o saldo de 2010. O número representa um crescimento de 13,1%.
Para as importações, a AEB projeta um aumento de 9,5%, saltando dos US$ 182,4 bilhões esperados para esse ano para US$ 200 bilhões no final de 2011.
O vice-presidente da associação, José Augusto de Castro, destaca que as previsões foram baseadas no cenário atual “em que as cotações das commodities se encontram em patamar elevado, atingindo recordes históricos, como nos casos do minério de ferro, algodão e açúcar”.
De acordo com a AEB, as commodities respondem por 70% das exportações e devem ser as responsáveis pelo alto volume de vendas ao exterior projetado para 2011, com destaque para o minério de ferro, que deve gerar uma receita de US$ 37,9 bilhões no próximo ano, ante os US$ 28,5 bilhões de 2010. Os produtos manufaturados contribuirão menos com a balança comercial no próximo ano, devido à dificuldade que o câmbio valorizado cria para a sua exportação.
A projeção é que o saldo da balança comercial tenha um incremento de 50,3% atingindo US$ 26,1 bilhões no acumulado do próximo ano.
A AEB alerta, no entanto, que o aumento das exportações está diretamente relacionado ao cenário internacional favorável e não às decisões tomadas pelo governo brasileiro. O País estaria, portanto, dependente do humor econômico mundial.