Embora a Alemanha tenha sido o primeiro país industrializado a sair da crise e sua economia esteja se recuperando de forma satisfatória, os alemães ainda continuam preocupados. Ainda que a expectativa do governo seja que o número de desempregados caia em 2011, ficando abaixo de três milhões pela primeira vez em 20 anos, o desemprego inquieta 31% das pessoas entrevistadas pelo Grupo Alemão de Pesquisa Wahlen (Forschungsgruppe Wahlen).
A decepção e o consequente desinteresse pela política perturbam 15% dos alemães, que acreditam que os cidadãos estejam se distanciando cada vez mais da classe política devido a desentendimentos. Exemplo disso é o caso Stuttgart 21, projeto de transformação da estação central de trem da cidade em um moderno edifício subterrâneo que envolveria custos altíssimos e destruição de marcos históricos da cidade. O tema causou revolta da população local registrando vários protestos públicos.
As polêmicas declarações do ex-ministro das Finanças da Alemanha, Thilo Sarrazin, em seu livro “Alemanha em queda” também deixaram suas marcas. Após afirmar que os imigrantes mulçumanos que vivem no país são menos inteligentes e vivem às custas do Estado, Sarrazin e levantou um debate sobre integração de estrangeiros à sociedade alemã em todo o país e acabou sendo afastado do Conselho Executivo do Banco Central alemão. O tema foi citado por 13% dos entrevistados.
A crise na zona do euro, saúde, preços e salários, educação, aposentadoria e energia nuclear também são temas que tiram o sossego os alemães nessa virada de ano.
