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Economia Eventos Mercado
28 de novembro de 2018

Governador eleito, Romeu Zema quer tornar Minas Gerais atraente para os empresários estrangeiros

Por Ana Carolina Castro

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Na última sexta-feira (23) executivos das empresas associadas da Câmara Brasil-Alemanha receberam Romeu Zema, Governador eleito por Minas Gerais, para uma reunião-almoço.

Realizado no Club Transatlântico, o encontro teve como objetivo discutir o futuro governo do estado e a perspectiva do empresariado alemão. Participaram da reunião nosso Presidente e Vice-Presidente Dr. Wolfram Anders (Bosch Brasil) e Philipp Schiemer (Mercedes-Benz do Brasil), respectivamente, Marc Puskaric, da Bertelsmann Brasil Participações, Marc Reichardt, da Bayer, João Carlos Visetti, da TRUMPF Brasil, e Thomas Timm e Lars Grabenschröer, da Câmara Brasil-Alemanha.

Para o governador eleito, a eleição com votação expressiva – foram 71,80% dos votos válidos no segundo turno – representa o desejo da população mineira por uma reforma política. Para ele, ser o primeiro representante do partido NOVO a ocupar um cargo no Executivo torna a responsabilidade ainda maior. “Nossa expectativa é conseguir fazer um bom governo, capaz de mostrar que existe sim um jeito novo de gerir a máquina pública e de fazer política: onde realmente o desenvolvimento do estado, e a consequente melhoria da vida dos cidadãos, seja prioridade, e não os interesses pessoais”, declarou.

Com uma campanha baseada na recuperação fiscal a partir da ideia de um Estado mais enxuto, Zema garante que esse processo terá início logo no início do governo. “A máquina do Estado está inchada, isto é fato. Desde o início do meu governo, vamos tomar medidas para enxugá-la, pois, com isso, não só reduziremos os gastos como também faremos com que o funcionamento seja muito mais eficiente. Nossa proposta de preencher os cargos de chefia e coordenação a partir de critérios técnicos vai gerar um efeito de eficiência na administração pública. Nossa redução no número de secretarias e corte nos cargos de livre indicação vão representar um golpe no cabide de empregos em que se tornou o Estado”, declarou.

O Governador eleito revelou ainda que sua estratégia para a retomada econômica do estado tem como um dos pilares a atração de investimentos. “Isto será feito a partir da simplificação de processos estatais e da redução da burocracia, por exemplo. O nosso ICMS, para se ter uma ideia, é de uma complexidade absurda, tem mais de mil páginas. O empreendedor aqui perde muito tempo para tentar compreender as intrincadas regras burocráticas e acaba não tendo tempo para pensar em inovações ou investimentos. Por regra do NOVO, somos contra a ampliação da carga tributária, que já é alta. Nossa ideia é criar um ambiente propício aos novos negócios, incrementando a receita pública a partir do girar da roda da economia.

Ciente do potencial do estado, Zema revelou ainda que enxerga com bons olhos a aproximação com o empresariado europeu, especialmente o alemão. “Queremos tornar Minas um lugar atraente também para os empresários estrangeiros. O estado tem potencialidades, é preciso apenas criar um ambiente favorável aos negócios. Acredito que temos um grande espaço vazio na nossa economia, que pode e deve ser ocupado por empresas tanto nacionais quanto estrangeiras, cada uma oferecendo o seu melhor para o consumidor mineiro e fomentando a vida econômica do estado. Queremos que o público possa escolher dentro de uma farta gama de opções, os melhores serviços pelos preços mais baixos. Essa situação só será possível com a ampliação da concorrência e o aumento da participação de setores da iniciativa privada na prestação de serviços mais baratos e de melhor qualidade”, afirmou.

Zema afirmou ainda que a severa crise financeira enfrentada por Minas Gerais impossibilita a oferta de incentivos fiscais em um primeiro momento. Contudo, o primeiro passo será tornar a atração de investimentos algo mais factível no estado por meio da desburocratização e imposição de um ritmo mais acelerado nos processos de licenciamentos, securitizando muitas destas análises de riscos, por serem mais ágeis e eficazes do que a estrutura fiscalizatória dos nossos órgãos governamentais.

Foto: Divulgação / Luis Ivo

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