EY: dificuldade na administração do tempo


O estudo Global Generation Research realizado pela Ernst & Young (EY), afirma que um terço dos profissionais brasileiros (33%) acha que é mais difícil administrar a vida pessoal e profissional hoje do que era há cinco anos. Trabalhadores com filhos e da Geração X, e pessoas nascidas do início dos anos 1960 até o final dos anos 1970 seriam os mais afetados.


O percentual coloca o Brasil em 5º lugar no ranking, atrás da Índia (34%), Reino Unido (37%), Japão (44%) e Alemanha (49%). O levantamento ouviu 9.699 adultos com idades entre 18 e 67 anos, de oito países. No Brasil, 1.208 pessoas participaram da pesquisa.


As cinco principais razões apontadas para o aumento da dificuldade em administrar as responsabilidades da vida familiar e profissional são: “Meu salário não aumentou muito, mas minhas despesas aumentaram”, “Minhas obrigações no trabalho aumentaram”, “Meus deveres em casa aumentaram”, “Eu estou trabalhando mais horas do que antes” e “Eu tenho um ou mais filhos”.


Um dos pontos que mais merece atenção são as longas jornadas de trabalho. “Para 51% dos profissionais que ocupam cargos de gerência, a carga horária semanal do expediente ultrapassa 40 horas. Esse aumento é uma das possíveis causas para a maior dificuldade em equilibrar a vida dentro e fora do escritório”, diz Elisa Carra, diretora de Recursos Humanos da Ernst & Young (EY).


Como a retenção de talentos é uma das principais preocupações das companhias em todo o mundo, a pesquisa também perguntou aos entrevistados o que os levaria a deixar um emprego ou ir em busca de novas colocações.


Por ordem de importância, as cinco razões predominantes foram: “percentuais mínimos de aumento de salário”; “falta de oportunidades para avançar na empresa”; “um gestor que não permite jornadas flexíveis de trabalho”; “um ambiente corporativo que não encoraja atividades em equipe e a “percepção, por parte da empresa, de que pessoas que têm jornadas flexíveis são penalizadas com falta de oportunidades ou piores salários”.


“Os resultados mostram que para atrair e reter talentos, as empresas devem investir em um clima organizacional que estimule a interação e cooperação entre os colaboradores e modelos de trabalho mais flexíveis”, completa a diretora.

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