Durante o segundo dia do Congresso Ecogerma 2015 – realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, por meio do seu Departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética, com o apoio da FIESP – o assunto debatido foi “Impacto da Crise Hídrica na Geração de Energia”.
Iniciado na última quarta-feira (30 de setembro), e encerrado no dia seguinte (01 de outubro), o evento contou com palestrantes de empresas e associações renomadas na área de Meio Ambiente e Energia.
O Painel 4, moderado por Jens Giersdorf, coordenador de Resíduos Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), discutiu as boas práticas e novas tecnologias para quebrar as barreiras da crise atual e encerrou a edição 2015 do Congresso Ecogerma.
Celso Oliveira, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável (ABIB), abordou a energia da biomassa e o potencial do Brasil para este tipo de avanço. “Nosso objetivo é garantir a sustentabilidade na produção, consumo e no uso da biomassa”, afirmou.
De acordo com dados da Agência Federal do Meio Ambiente da Alemanha, Oliveira declarou que as fontes limpas e renováveis cresceram 23% na Alemanha, e que o Brasil também tem mobilizado esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como é o caso dos níveis de desmatamento da Amazônia que caíram 82%.
Francisco Cesar Tofanetto, gerente de engenharia e utilitários da LANXESS, ressaltou a importância da unidade de produção da empresa em Porto Feliz, que tem foco em uso de energia a partir de cogeração. “Temos uma alta eficiência de conversão de energia, cerca de 90%. O nosso País tropical gosta da biomassa e essa produção para nós é significativa”, enfatizou.
Para ilustrar a tecnologia Waste to Energy, o consultor de Desenvolvimento de Novos negócios da Foxx Inova Ambiental S.A. Alexandre Citvaras comentou: “Esta iniciativa vem como uma condição combinada para saneamento e também pode ser usada para tratar energia”.
Segundo Citvaras, existem 1.480 plantas de Waste to Energy no mundo e elas podem ser significativas para a redução expressiva dos gases de efeito estufa e na eliminação dos lixões, além de ajudar no aumento de vida útil dos aterros sanitários. “Porém, a falta de compreensão da sociedade sobre o papel desta tecnologia na cadeia de gestão de resíduos é uma das principais barreiras a serem rompidas”.
Para encerrar o ciclo de palestras, Rodrigo Regis, presidente do CIBiogás – ER debateu sobre os desafios e oportunidades para o biogás no Brasil. “Este é um gás bruto obtido da decomposição biológica de resíduos orgânicos e é responsável por 33% do PIB brasileiro”.
Ao fim do evento, o moderador Jens Giersdorf declarou que “essas novas tecnologias podem ajudar a diversificar a matriz energética, além de proteger os recursos hídricos”.
Segundo os palestrantes, o Brasil e a Alemanha são grandes potências na discussão sobre mudanças climáticas entre os países emergentes e desenvolvidos.
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Para saber mais sobre o primeiro dia do evento, acesse: http://bit.ly/1KPj4rR