Em toda a Europa cerca de 78 milhões de pessoas, entre elas 19 milhões de crianças, estão em risco de pobreza, ou seja, têm rendimentos inferiores a 60% da renda média de seu país. Na Alemanha, três a cada dez pessoas não têm recursos para suprir suas necessidades básicas, como alimentação, saúde, habitação, educação e acesso à água potável – número que corresponde a aproximadamente 20% da população.
Para tentar reverter esse cenário, a União Europeia (UE) promoveu, em 2010, o Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social. Durante todo o ano o bloco investiu € 17 milhões na campanha, dos quais quase a metade foi destinada à promoção de reuniões e eventos, campanhas informativas e educativas, estudos sobre as condições de vida da população, entre outros.
A Alemanha apostou em projetos culturais para tentar mudar a realidade das famílias mais humildes e financiou 40 deles. O Ministério alemão do Trabalho, que coordenou a ação no país, colocou as crianças e jovens carentes em contato com o teatro, dança e arte.
“O caminho para sair da pobreza é trabalhoso, mas bem orientado. O melhor é já começar com as crianças”, diz a Ministra Federal do Trabalho Ursula von der Leyen.
Orçamento
O orçamento total da campanha na Alemanha foi de € 2,2 milhões, dos quais € 750 mil vieram dos fundos da UE e o restante do ministério alemão responsável pelo projeto.
Mesmo com o fim da campanha, a erradicação da miséria continua na agenda do governo alemão. Para 2011 ainda estão previstos investimentos de € 50 mil em projetos que tenham como meta promover a inclusão social, emprego, educação, informação, habitação, saúde e outro tipo de assistência às famílias que vivam em risco de pobreza.
“Crianças de famílias necessitadas não precisam somente do mínimo para sobreviver, elas têm direito à inclusão social e à educação. Somente assim elas encontrarão uma saída da pobreza. Com o pacote de educação para crianças pobres, nós estamos indo nesse caminho”, completa a ministra.
