A carência de profissionais de engenharia no Brasil será medida por um censo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O levantamento resultará em um banco de informações que permitirá avaliar a situação do mercado e, também, poderá ser acessado pelas empresas que buscam profissionais.
De acordo com o MDIC, em uma segunda fase, essa pesquisa piloto deverá ser estendida a todas as profissões regulamentadas para auxiliar as empresas e os trabalhadores a ocupar vagas abertas no mercado de trabalho.
O Brasil forma hoje cerca de 32 mil engenheiros por ano, quase metade da demanda atual por profissionais. Um levantamento realizado no ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em 2012, o mercado terá um déficit de 150 mil engenheiros. Segmentos como a indústria naval, a construção civil e transportes são os mais afetados, devido às grandes obras de infraestrutura e do pré-sal.
Com participação do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), o censo deve começar em junho. Os engenheiros serão chamados pelos conselhos federal e regionais a responder um questionário onde deverão informar a instituição de graduação, o ano de formatura, o tempo de experiência em exercício na área e a disponibilidade para voltar a atuar como engenheiro, caso não estejam trabalhando na profissão.