O Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) registrou crescimento de 7,4% em 2010, revela o Indicador de Atividade Econômica da empresa especializada em análise de crédito Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (22). O resultado oficial ainda deverá ser anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas se os números foram confirmados, esta será a maior taxa desde 1986, quando o PIB avançou 7,49%.
Segundo o indicador, a economia avançou 0,7% em dezembro do ano passado frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Com isso, a atividade econômica expandiu-se 0,8% no último trimestre de 2010.
O crescimento da economia brasileira foi sustentado, principalmente, pelo mercado interno, afirma a Serasa Experian. A formação bruta de capital fixo avançou 21,5% no ano passado, após ter recuado 10,3% em 2009, e o consumo das famílias cresceu 6,6% em 2010 acima dos 4,2% registrados no ano anterior, impulsionado pelo crédito e pelos ganhos reais de renda.
O consumo do governo cresceu 3,5% no ano passado e o setor externo, com as importações evoluindo mais acentuadamente que as exportações (36,2% contra 11,9%), acabou pesando negativamente sobre o crescimento econômico brasileiro no ano passado.
Para os economistas da Serasa Experian, dificilmente a economia brasileira conseguirá manter esse desempenho durante os próximos anos. Além do fato deste crescimento ter ocorrido sobre uma base fragilizada de comparação (em 2009 a economia brasileira encolheu 0,6%), as medidas de contenção do crédito e o ciclo de aperto monetário em vigor irão imprimir um ritmo mais moderado para o crescimento do PIB em 2011.
