Boas perspectivas para os recém-formados

Desde o fim gradual do “Magister” e do “Diplom” (antigo sistema de diplomação alemão com duração média de cinco anos de estudos) e a introdução dos cursos de bacharelado e mestrado, os alemães têm questionado o novo sistema de ensino superior do país e a aceitação dos novos diplomas no mercado de trabalho. Os empregadores não estavam seguros se os bacharéis, após apenas três anos de estudos, estariam suficientemente qualificados para atuar profissionalmente e os estudantes, por sua vez, não tinham certeza se conseguiriam um emprego com um diploma de bacharel ou se precisariam estudar mais dois anos (duração do mestrado).


Uma pesquisa do Stifterverband für die Deutsche Wirtschaft (órgão que visa incentivar a identificação de novos talentos para a indústria e ciência), no entanto, mostra que as empresas não veem diferença entre os certificados de conclusão de ensino superior. De acordo com a instituição, em 39% das companhias de grande porte e 37% das empresas de pequeno e médio porte, o preenchimento de vagas, salários e planos de carreira não são baseados no tipo de diploma do candidato.


Quando questionados sobre sua vida profissional um ano após a conclusão do curso superior, a grande maioria dos bacharéis se diz satisfeito com suas remunerações e as perspectivas profissionais dentro da sua área de atuação.


Mesmo assim, 44% dos estudantes já decidiram ou consideram frequentar um mestrado após o primeiro ciclo de estudos como forma de se qualificar mais e conseguir melhores empregos.


Mobilidade


A divisão dos cursos universitários em bacharelado e mestrado na Alemanha é resultado do Processo de Bolonha, assinado em 1999 por ministros da Educação de toda a União Europeia com o objetivo de unificar o sistema europeu de ensino superior para garantir a mobilidade dos estudantes, acadêmicos e profissionais.


A Ministra da Educação, Annette Schavan, afirma que uma das metas da reforma na Alemanha era fazer com que mais filhos de famílias sem grau superior pudessem frequentar a universidade, já que o período de estudos é mais curto e o ingresso no mercado de trabalho mais rápido. Para a ministra, esse objetivo foi alcançado. “Quem tem um diploma de bacharel, tem boas chances do mercado de trabalho”, conclui.

SXC
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