BASF e Embrapa ampliam acordo de cooperação

Trabalhando juntas há 15 anos, a alemã BASF e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinaram, nesta sexta-feira (17), um novo acordo de cooperação técnica, desta vez na esfera institucional. Sob o conceito de Open Innovation (Inovação Aberta), a parceria focará na pesquisa e no desenvolvimento de soluções que promovam o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil.


“Nosso objetivo é criar uma interação real para levar a inovação ao agricultor”, destacou Filipe Teixeira, chefe da Assessoria de Inovação Tecnológica da Embrapa.


A primeira cooperação estabelecida entre as duas instituições, em 1996, deu origem à primeira soja transgênica totalmente brasileira, a Cultivance, que chegará ao mercado nacional na safra 2012/2013. Além desse projeto, as empresas trabalharam lado a lado no desenvolvimento de uma variedade de arroz, lançada em fevereiro desse ano.


Para o presidente mundial da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF, Markus Heldt, há potencial para muitos outros projetos. Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) mostram que a demanda por alimentos deverá crescer 20% nos próximos 10 anos e que o Brasil será responsável pelo fornecimento de 40% desse volume.


No entanto, segundo Heldt, o maior desafio do agronegócio hoje é aumentar a produtividade sem avançar nas áreas de proteção ambiental. E é exatamente no desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o aumento da produção em espaços menores que a BASF e a Embrapa pretendem trabalhar juntas.


“A cooperação vai acelerar a criação, o desenvolvimento e a introdução de novos produtos no mercado”, explicou Eduardo Leduc, vice-presidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos para a América Latina.


Novos projetos


Os dois primeiros projetos do novo acordo, cuja duração inicial será de cinco anos, são uma bactéria para fixação de nitrogênio em cana-de-açúcar e outra destinada a tornar a soja tolerante à ferrugem asiática.


Ainda não há previsão de quanto será investido e de quando os novos produtos estarão prontos, mas os representantes das duas instituições adiantam que o conhecimento gerado nos laboratórios brasileiros será levado, posteriormente, para outros países do mundo onde a BASF atua.


“É preciso começar a gerar pesquisa no Brasil e é nesse sentido que a BASF e a Embrapa vão trabalhar”, finalizou Teixeira.

Divulgação / BASF
Divulgação / BASF