Um relatório publicado pela agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, constatou que a migração irregular se manteve estável em 2010, na comparação com o ano anterior. Os estados membros da União Europeia (UE) detectaram 104 mil travessias ilegais nas fronteiras marítimas e terrestres da região, número praticamente igual ao de 2009 (104,5 mil).
Conforme a “Análise de Risco Anual 2011”, um dos pontos mais sensíveis no ano passado foram as fronteiras gregas com a Turquia, região na qual houve um aumento de 45% no número de travessias ilegais. O recorde de 47,7 mil migrantes irregulares para a Turquia superou os picos registrados anteriormente nas Ilhas Canárias em 2006 (30 mil) e na ilha italiana de Lampedusa em 2008 (31,3 mil).
O número de recusas para entrada nos estados membros caiu 4%, fechando em 108,5 mil em 2010. Nas fronteiras aéreas externas, os brasileiros foram os que mais tiveram a entrada negada nos países europeus, mesmo com uma queda de 20% na comparação com 2009. Os ucranianos foram os mais barrados nas fronteiras terrestres, principalmente da divisa com a Polônia.