“Estamos priorizando a questão ambiental das cidades não só por se tratar de um tema que envolve vários ecossistemas, mas porque é a área onde vive 85% da população brasileira, concentrada em 5% do território nacional”, declarou Nabil Bonduki, Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, na abertura do Congresso Ecogerma 2011, hoje (30). O evento, que está sendo realizado no Club Transatlântico, em São Paulo, reúne 40 palestrantes que discutirão durante dois dias os problemas que afetam as megacidades.
Estima-se que, em 2030, 60% da população mundial viva em grandes conglomerados urbanos. O panorama representa um imenso desafio para questões como infraestrutura, fornecimento de energia, mobilidade, abastecimento de água, destinação e tratamento de resíduos sólidos. Exclusivamente para essa última área, a cidade de São Paulo destina anualmente R$ 1 bilhão, informou o secretário Nabil Bonduki, para dar uma ideia da dimensão do problema.
Para Matthias von Kummer, Cônsul-Geral da Alemanha em São Paulo, os problemas nas megacidades têm uma dinâmica enorme e ganham, a cada dia, mais importância. “A Alemanha dispõe de tecnologia e soluções que também podem ser utilizadas no Brasil e a Ecogerma é uma oportunidade para a sua apresentação”, declarou.
Weber Porto, presidente da Câmara Brasil Alemanha, lembrou que em 2009, a primeira edição da Ecogerma atraiu um público de 30 mil pessoas que participaram do congresso e de uma feira, realizada em paralelo. “Estamos planejando para 2013, no âmbito do “Ano da Alemanha no Brasil”, uma reedição da Ecogerma nos mesmos moldes de 2009”.