As políticas sociais alemãs se tornaram alvo de críticas da ONU. Em um documento do Conselho Econômico e Social, a Organização faz críticas à situação dos imigrantes, às diferenças entre a parte oriental da Alemanha e o resto do país e afirma que há falhas no combate à pobreza.
Os especialistas responsáveis pelo relatório declaram estar “profundamente preocupados” com a situação do país, que não teria conseguido cumprir recomendações anteriores da ONU.
Segundo o documento, 13% da população alemã está abaixo da linha da pobreza, incluindo 2,5 milhões de crianças. Entre os economicamente ativos, 1,3 milhões necessitam de ajuda financeira estatal.
A longa lista de críticas diz ainda que 25% das crianças vão à escola sem café da manhã e que as mulheres ainda não alcançam a igualdade em relação aos homens no mercado de trabalho.
Reação
As declarações da ONU desencadearam críticas por parte do governo alemão. Segundo a agência de notícias dpa, um porta-voz do governo disse em Berlim que as políticas sociais alemãs são reconhecidas em todo o mundo e que considera o relatório “incompreensível e sem embasamento científico”.
Uma reportagem do jornal Süddeutsche Zeitung publicou que, ao ler o relatório da ONU, fica-se “incrédulo, é preciso esfregar os olhos”.
Conforme o site da revista Der Spiegel, o porta-voz do Fórum de Desempregados da Alemanha, Martin Behrsing, endossou as críticas e disse que “há muitos anos, o governo finge que há justiça social, mas na verdade ocorre um empobrecimento dramático e discriminação de pessoas” no país.
