Uma descoberta feita por cientistas da Universidade de Münster, na Alemanha, pode resultar em uma nova fonte de borracha para a fabricação de pneus, menos agressiva ao meio ambiente. Segundo os pesquisadores, o látex da flor conhecida como Dente-de-Leão produz uma borracha com a mesma qualidade oferecida pela seiva da seringueira.
Para transformar essa iniciativa em uma realidade de mercado, a Continental, juntamente com um consórcio de institutos de pesquisas e parceiros industriais, estão dando continuidade aos estudos com a planta.
Conforme a empresa, fornecedora mundial de autopeças, o Dente-de-Leão apresenta diversas vantagens. A borracha natural é uma opção à utilização de uma fonte não-renovável, como o petróleo, empregado na fabricação da borracha sintética. Além disso, a seiva da seringueira tem uma procura maior do que a sua oferta, refletindo nos custos de produção.
Para tornar viável a exploração industrial de borracha natural do Dente-de-Leão e o seu cultivo extensivo, bioquímicos descobriram a enzima responsável pela rápida coagulação do látex e, inibindo sua ação, foram capazes de fazer com que a seiva escorra livremente de forma a ser extraída desta planta.
Segundo o parecer dos pesquisadores, futuramente cerca de 1/10 da demanda alemã de borracha poderia ser suprida pelo Dente-de-Leão, que tem um período de crescimento de apenas um ano, da semeação até a colheita, contra os cinco a sete exigidos para o cultivo da borracha tradicional.