O presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, elogiou o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a fabricação de caminhões, camionetes e veículos comerciais leves, anunciado nesta sexta-feira (16) pelo governo brasileiro. A medida eleva o imposto em 30% para montadoras que não usarem uma proporção mínima de componentes nacionais, com o objetivo de proteger a produção nacional do aumento das importações no setor.
“Estamos muito preocupados com a competitividade dos produtos importados em função da valorização do real”, destacou o presidente da MAN, fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen, em coletiva para imprensa no Rio de Janeiro.
Para que o aumento do IPI não seja aplicado, as empresas precisarão contar com, no mínimo, 65% de componentes nacionais na produção (que incluem produtos fabricados no Mercosul e México), critério no qual a MAN está inserida, com sua fábrica em Resende (RJ). Para Cortes, a medida ajudará a manter os empregos e a aumentar os investimentos. “Veio na hora certa”, elogiou o executivo.
Além da exigência de conteúdo nacional, montadoras que não investirem em inovação também pagarão IPI mais alto. A regra valerá até dezembro de 2012.