O empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX, incitou os investidores alemães a apostarem no setor naval brasileiro, durante a abertura do Encontro Econômico Brasil Alemanha, nesta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro. O segmento reserva grandes oportunidades de investimentos devido ao desenvolvimento petrolífero e às obras de infraestrutura, e deve ser um dos protagonistas de um ciclo de crescimento econômico que, segundo o executivo, está só no início e deve durar mais 20 anos.
Para Eike, a Alemanha deve pensar não somente em exportar máquinas e motores para a indústria naval brasileira e, sim, em se instalar no País e produzir aqui. Nesse sentido, a exigência de 70% de conteúdo nacional nessa indústria deve ser considerada um estímulo aos investidores – e não um entrave.
“Faltam vocês aqui. Sinto falta da tecnologia dos motores e máquinas ‘made in Germany’ no setor naval”, disse ao empresariado alemão. O grupo LLX, de Eike, está construindo o Complexo Industrial do Superporto do Açu, maior empreendimento porto-indústria da América Latina. Segundo Eike, o projeto, cuja conclusão total está prevista para 2012, representa “uma revolução para o Brasil semelhante ao que fizeram os chineses na sua costa, para se tornarem a fábrica do mundo”.
O Brasil é “sem barreiras” para os investidores, mas contanto que se cumpram as exigências ambientais, ressaltou o executivo. Nesse sentido, as parcerias público-privadas são fundamentais e, ainda, a agilidade dos empresários. “Os tomadores de decisão alemães precisam ser rápidos, pois os coreanos e chineses são”, advertiu o empresário.