UE quer mais cooperação para proteção climática


Durante a 17ª Conferência do Clima da ONU, a COP-17, que acontece em Durban, na África do Sul, os negociadores da União Europeia declararam que o mundo precisa de um projeto mais ousado que o Protocolo de Kyoto para combater o efeito-estufa e o aquecimento global.



Até 9 de dezembro, representantes de 192 países estarão reunidos na cidade sul-africana para debater sobre as medidas que serão tomadas nos anos futuros, já que a primeira fase do Protocolo, que estabelece cortes nas emissões de carbono de potências econômicas, expira em 2012.



A comissária da União Europeia, Connie Hedegaard, declarou que o bloco está disposto a se comprometer com o segundo período do Protocolo de Kyoto, mas países como Rússia, Japão e Canadá divergem sobre a decisão.



Neste momento marcado por pessimismo, os representantes europeus alegam ter certeza de que a proteção climática só será eficiente caso um novo acordo seja alcançado até 2015 e colocado em prática até 2020, com o comprometimento e envolvimento da maioria dos emissores.



Para a comissária, o maior obstáculo é fazer com que países como Estados Unidos e China cooperem para a conquista de novas metas regulamentadas. Os EUA, maior emissor histórico, não ratificaram o Protocolo de Kyoto, e a China não tem uma meta formal de redução estabelecida, pois na época de assinatura era um país em desenvolvimento.



A parte das decisões que serão tomadas durante a Conferência da ONU, a Europa está envolvida em apoiar ações de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.



Somente em 2011, a UE mobilizou € 2,34 bilhões para o financiamento de curto prazo acordado, chamado de Fast-Start, apesar da severa recessão econômica e fortes restrições fiscais na zona do euro.

Reunião em Varsóvia



No mesmo dia em que começou a COP 17, representantes governamentais, cientistas, pesquisadores, ambientalistas e empresários se reuniram em Varsóvia, na Polônia, para discutir o Plano Estratégico para as Tecnologias de Energia da Europa (plano SET).



A iniciativa define estratégias industriais europeias que obtêm apoio financeiro da UE para eficiência energética, unindo ciência e tecnologia.



Na conferência, que faz parte de uma série de debates europeus sobre proteção climática e energia limpa, Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, defendeu que o futuro da energia renovável depende do incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. "A proteção do clima é possível desde que baseamos a produção de energia em soluções tecnológicas avançadas”, declarou.

SXC
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