Nesta quinta-feira (7), um projeto de lei que visa facilitar e promover a migração de profissionais de países não pertencentes à União Europeia foi apresentado ao parlamento alemão para votação. Objetivo do governo é adotar políticas que ajudem a suprir a falta de pessoal qualificado, principalmente nas áreas técnicas e científicas.
Durante um encontro realizado no último mês em Berlim, os líderes partidários da coligação alemã concordaram diminuir as exigências para a emissão de vistos de residência. Assim, o ganho salarial mínimo para profissionais qualificados foi estipulado em € 44 mil por ano. Já para a emissão de vistos de permanência, o rendimento anual mínimo passou de € 66 mil para € 48 mil.
Ainda, para profissões técnicas e científicas, por exemplo, nas áreas de matemática, informática e engenharia, parlamentares decidiram reduzir ainda mais o rendimento mínimo exigido, estipulando uma faixa salarial a partir de € 33 mil por ano.
As novas medidas integram o projeto da União Europeia "Cartão Azul UE" (Blaue Karte EU), que visa atrair profissionais altamente qualificados de outras regiões para trabalhar nos países da comunidade europeia. Inicialmente, o Cartão será válido para o prazo de dois anos e após este período, os profissionais podem pedir o visto de permanência definitivo.
O projeto também reforça as reivindicações do empresariado alemão, que deseja tornar o mercado mais atrativo para profissionais estrangeiros e contribuir, dessa forma, para que a indústria se mantenha competitiva.
No entanto, para o executivo-chefe da Confederação das Câmaras de Indústria e Comércio da Alemanha (DIHK), Martin Wansleben, embora a implementação do Cartão Azul faça sentido, dada a crescente escassez de trabalhadores qualificados em geral, a proposta ainda tem suas deficiências. "Novas restrições e limitações são a maneira errada de enviar um sinal claro de boas-vindas", disse Wansleben.